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União acena com possibilidade de recursos para a Linha 18-Bronze

Secretário nacional de Mobilidade afirma que governo federal está 'à disposição do Estado'

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
06/06/2019 | 08:10
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Denis Maciel/DGABC


O secretário nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, Jean Carlo Pejo, afirmou que o governo federal está à disposição para conversar com o Executivo do Estado de São Paulo e com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos para a construção de uma solução que permita a implementação da Linha 18-Bronze do Metrô no Grande ABC.

O representante da União manteve agenda com prefeitos e secretários das sete cidades na tarde de ontem (leia mais abaixo), no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, para tratar dos projetos de mobilidade da região.

Questionado se o governo federal poderia aportar os R$ 600 milhões necessários para a desapropriação de imóveis que estão no traçado da linha – principal argumento utilizado pelo Estado para trocar o projeto de monotrilho, licitado desde 2014, pelo BRT (sigla em inglês para sistema de transporte rápido por ônibus), Pejo afirmou que a União vai “ouvir as necessidades que o governo do Estado tem e avaliar a melhor solução” para o cidadão e a sociedade.

“De nossa parte, estamos abertos. Existe relacionamento excelente entre os governos do Estado e federal e tenho certeza de que a solução que será apresentada (para a construção do ramal na região) será a melhor possível.”

O projeto da Linha 18-Bronze foi licitado em 2014, quando o Consórcio Vem ABC foi o vencedor do certame e assinou a PPP (Parceria Público-Privada) com o Palácio dos Bandeirantes. Sem a nota de crédito necessária para obter aval da União para empréstimo internacional, após a assinatura da PPP o governo do Estado não foi capaz de levantar o recurso necessário para as desapropriações. O decreto de utilidade pública das áreas, inclusive, caducou em novembro de 2018.

“Parece-me que o que aconteceu no passado foi um problema que, na ocasião, era de capacidade de investimento do governo do Estado em poder receber recursos externos. Me parece que essa questão já foi resolvida e, como disse, nós estamos à disposição para conversar com o governo do Estado, com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, para poder encontrar a melhor solução e o melhor sistema para atender essa população que tanto precisa de mobilidade.”

O governador João Doria (PSDB) promete anunciar, em 30 de junho, qual será o modal escolhido para a construção do ramal do Metrô na região. Estudos apontam que, na comparação com o BRT, o monotrilho é o modelo com maior capacidade de atração do usuário do transporte individual para o coletivo.

Os impactos da tecnologia limpa, movida por eletricidade e sem ruídos, também serão sentidos no meio ambiente, já que cada trem pode tirar de circulação de dez a 12 ônibus e 500 carros. A Linha 18-Bronze foi projetada para ter 13 paradas, ligando a Estação Tamanduateí, da Linha 2-Verde do Metrô, ao Centro de São Bernardo, passando por São Caetano e Santo André. O projeto prevê, ainda, a construção de sete quilômetros de ciclovias, ao longo do traçado do monotrilho.

Grande ABC elenca projetos que dependem de verbas federais

Prefeitos e secretários das sete cidades aproveitaram a reunião de ontem com o secretário nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, Jean Carlo Pejo, para elencar propostas que dependem de recursos federais. Um a um, os chefes dos Executivos e gestores apresentaram projetos voltados a melhorar a mobilidade urbana.

Todas as propostas fazem parte de pacote apresentado pelo Consórcio em 2013, que listava série de obras e intervenções para melhorar a mobilidade na região, a um custo estimado de R$ 2,2 bilhões. “Cada cidade elencou o que é prioritário e o que está mais avançado, em condições de ser licitado, para pleitear o aporte”, explicou a coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida.

Pejo elogiou a qualidade e a quantidade de projetos apresentados, e explicou que o governo dispõe, por meio do programa Avançar Cidades, de R$ 4 bilhões ao ano, de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para obras de mobilidade. “Queremos dar a segurança que os projetos contemplados terão começo, meio e fim.” Os projetos apresentados somam mais de R$ 800 milhões. 




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