A segunda edição da mostra "Clássicos & Raros do Nosso Cinema" começa hoje simultaneamente no Centro Cultural Banco do Brasil e na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. O ciclo, que vai até o dia 16, apresenta pérolas do acervo da Cinemateca, incluindo obras pouco conhecidas do grande público. Grande parte dos títulos ganhou novas cópias, feitas especialmente para a mostra.

A seleção oferece a oportunidade de o público cinéfilo identificar diversos momentos da produção cinematográfica do País, a começar pelos primeiros títulos mudos, rodados na década de 1920. Exemplo dessa fase é a "A Filha do Advogado" (1926), de Jota Soares. A produção faz parte do profícuo Ciclo do Recife, desenvolvido entre 1923 e 1931. Quem nunca viu alguma chanchada estrelada por Dercy Gonçalves poderá assistir a "Cala Boca, Etelvina", filmado em 1958.

A produção paulista de tons mais populares (incluindo a fase Boca do Lixo), que tomou fôlego a partir do fim dos anos 1960 também está bem representada por filmes como o faroeste Gregório 38, Os Desclassificados até chegar a filmes de horror com tintas eróticas como "Ninfas Diabólicas", de John Doo, rodado em 1978.

Clássicos & Raros do Nosso Cinema - De hoje ao dia 16. No Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112. Tel.: 3113-3651 e na Cinemateca Brasileira - Tel.: 3512-6111 (ramal 215), ambos em São Paulo. Ingr.: R$ 2 (meia no CCBB) a R$ 8 (inteira na Cinemateca)