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Região tem know-how, mas não absorve mão-de-obra
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
15/06/2008 | 07:09
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Para o coordenador do curso de engenharia elétrica do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, Eduardo Pouzada, os cursos superiores do Grande ABC formam engenheiros capazes de trabalhar em qualquer setor de alta tecnologia. O problema, segundo ele, é que a região ainda não é um centro de excelência, e por esta razão não tem como absorver essa mão-de-obra altamente especializada.

"Aqui tem qualidade, mas não a possibilidade de vivência prática, salvo algumas exceções, comuns em centros de excelência como São José dos Campos, Campinas e São Carlos. Essa é a diferença", comentou.

A vice-reitora de extensão e atividades comunitárias do Centro Universitário FEI (Fundação Educacional Inaciana), Rivana Basso Fabbri Marino, disse que as instituições procuram formar profissionais de engenharia aptos para o desenvolvimento de novas tecnologias e processos. Porém, Rivana ressalta que esse foco se dilui se as empresas optam por trazer tecnologia de fora, como aconteceu nos anos 1980 e 1990. Mas ela diz que essa cultura tem mudando nos últimos anos. "Várias multinacionais investiram em centros de desenvolvimento tecnológico na região e em outras, e um número maior de empresas tem nos procurado para obter informações ou mesmo interessadas em formalizar parcerias".

EX-ALUNOS - Dois ex-alunos de faculdades do Grande ABC participam ativamente de projetos da Omnisys Engenharia. Maurício Henrique Ribeiro, 29 anos, é formado em engenharia eletrônica pela FEI e Débora Aragon Franchi, 31, fez os primeiros quatro anos de engenharia eletrônica no Instituto Mauá, mas por questões de trabalho teve de se transferir para a Unip (Universidade Paulista), onde completou o curso.

Ribeiro integra a equipe de sete engenheiros que desenvolve o radar banda L e Débora lidera projeto de desenvolvimento de um subsistema do satélite sino-brasileiro CBERS 3 e 4, cujo prazo para entrega é 2010.




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