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Deborah Secco corre atrás de fama em 'Celebridades'
Rodrigo Teixeira
Da TV Press
20/10/2003 | 18:38
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Deborah Secco está entre as atrizes que são alvo dos paparazzi e dos fofoqueiros de plantão. Em Celebridade, novela das 21h na Globo, a sua personagem correrá atrás justamente disso: ser notícia. Darlene adoraria ter seu nome envolvido em fuxicos. Já para Deborah, boatos são uma amarga realidade em sua vida. O último foi de que estaria paquerando o galã Marcos Palmeira. A atriz garante que o ator é a pessoa que menos conhece no elenco e que não gravou com ele uma cena sequer. Ela tem mais proximidade com o pai do ator, Zelito Viana, que a escolheu, junto com Daniel Filho, para o elenco de Confissões de Adolescentes quando ela tinha apenas 14 anos. “O Marcos é mais um dos namorados que me arranjaram. É um repertório de mentiras”, diz a atriz, que até o momento desta entrevista se dizia solteira.

O “repertório de mentiras” a que Deborah se refere ilustra o tipo de tema que Celebridade quer recriar na ficção, mas que a atriz sente na pele. Deborah lembra, por exemplo, que logo no início de O Beijo do Vampiro, espalhou-se a notícia de que ela teria sido o pivô da separação de Marcos Paulo e Flávia Alessandra. “Nada tive a ver com isso”, afirma. A atriz ainda foi acusada novamente de ser uma “destruidora de lares” e que havia levado uma surra de Júlia Lemmertz durante as gravações da mesma novela. O motivo seria ciúmes do marido Alexandre Borges, que contracenava com Deborah. “A Júlia jamais assistiu a uma gravação minha com o Alexandre”, diz a atriz, que tem os dois atores novamente como colegas de elenco. Deborah reclama da impotência que sente para se defender em uma situação dessa. “Me ligam e perguntam. Digo que não é verdade e publicam mesmo assim. Então, porque me fazem perder meu tempo?”, questiona.

Deborah poderia ser apenas lembrada como a ex do diretor Rogério Gomes, o Papinha, ou dos atores Maurício Mattar e Dado Dolabella. Mas desde que estreou em Mico Preto, em 1990, e se revelou na série Confissões de Adolescente, em 1994, como a conflituosa Carol, Deborah tem vivido papéis bem distintos sem decepcionar. Desde a fogosa índia canibal Moema, da minissérie A Invenção do Brasil, produzida por Guel Arraes, até a irritante Íris de Laços de Família, ambas em 2000. “O que mais gosto da fama é andar na rua e ter a resposta imediata do meu trabalho”, diz. A atriz considera um prêmio, por exemplo, ser sempre confundida com os personagens.

Foi assim na recente O Beijo do Vampiro, quando interpretou a vampira loura-burra Lara. Durante Laços de Família, em 2000, a atriz apanhou na rua por causa das travessuras da intrépida Íris. “Me ensinaram que minha imagem pouco deve aparecer quando estou interpretando. O trabalho do ator é não ser para que os personagens possam ser”, afirma. Ela, no entanto, está protagonizando passagens bem menos filosóficas na trama de Gilberto Braga. Já fez um topless e ainda tem reservadas cenas ardentes de Darlene com o bombeiro interpretado por Marcelo Faria. “É sempre mais difícil cena de nu quando tem outro ator em contato e também nu”, diz Deborah.

Com 11 kg a menos do que na época de O Beijo do Vampiro (ela teve um problema na tireóide que a fez pular do atual manequim 34 para o 40), a atriz dá risada quando lembra da primeira vez que ficou nua em uma trama. Ela tinha 20 anos e interpretava a provocante Marina de Suave Veneno, de Aguinaldo Silva. Após várias tentativas, o diretor Daniel Filho chegou para a atriz e mandou: “Bem Deborah, você está nua e todo mundo já viu. Agora faz a cena direito senão a gente vai ficar até amanhã aqui!”. A atriz jura que não treme mais nessas ocasiões porque não pode ter este tipo de pudor. “Não fazer cenas de sexo poderia me limitar a ter bons personagens e não abro mão disso”. Deborah ressalta, porém, que nada tem a ver com a deslumbrada Darlene. “Não quero ser famosa. O que busco como atriz é ter várias vidas em uma. Isso é o que me seduz”, confessa.

Andaraí – Deborah Secco fez questão de ver de perto o universo em que transita a alpinista Darlene. A personagem faz parte do núcleo da novela que mora no bairro do Andaraí, Zona Norte do Rio. É lá que ela trabalha como manicure do Salão Dalila, comandado por Salvador, papel de Roberto Bonfim. Deborah foi em dois salões de beleza do local para sentir o ritmo e percebeu um detalhe. “Lá elas não usam jaleco. Cada manicure vai com a sua roupa, não tem essa de uniforme. Já falei isso para os figurinistas da novela”, afirma. “Claro que não são roupas tão chamativas como as da Darlene”, diz.

Uma curiosidade é que a atriz não está escondendo a grande tatuagem que tem nas costas com os dizeres “Livrai-nos de todo mal, amém”. “Acharam que tinham a ver com a personagem e pediram para deixar”, explica. Deborah também tem a mania de recortar várias fotos de revistas com referências que sirvam para a composição da personagem. “Busco gestos e formas de se portar”, afirma. A atriz acredita que a intenção de Celebridade é mostrar que para obter fama basta ser bom no que se faz, independentemente da profissão. “O Gilberto indica ao espectador que é preciso ser alguma coisa antes da fama. Não se pode ser famoso pelo simples fato de existir”, diz.




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