Automóveis Titulo Manutenção
Sem esquentar com o radiador
Nilton Valentim
12/04/2019 | 08:52
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Na manutenção preventiva de veículos é praxe a preocupação com a troca de óleo e filtros, a checagem de desgastes de pneus e as pastilhas de freio. Porém, há um item muito importante que muitas vezes é desprezado: o sistema de arrefecimento.

O motor aquece muito em virtude das explosões da queima do combustível, sendo o conjunto de arrefecimento responsável por manter o veículo a uma temperatura ideal de funcionamento, sempre na faixa dos 88° C a 90º C. Com isso, sua função é manter o motor resfriado o suficiente para que as peças não superaqueçam e se deteriorem com o calor, porém sem deixá-lo frio demais, pois isso aumenta o trabalho do motor e, consequentemente, o consumo de combustível.

O sistema é composto por mangueiras, radiador, ventoinha, bomba d’água, vaso de expansão, válvula termostática e, para sua proteção e funcionamento, deve ser adicionado um liquido de arrefecimento. O funcionamento irregular pode gerar problemas sérios e prejuízos.

Quando um sistema de arrefecimento opera inadequadamente é provável que ações preventivas não tenham sido aplicadas e os sinais de desgaste das peças não foram notados.

Tão essencial quanto a troca regular do óleo é checar se o fluído dentro do radiador está no nível recomendado pelo fabricante. Caso esteja um pouco abaixo da marcação interna da peça, deve-se completar com um aditivo de arrefecimento na mesma cor original usada pelo fabricante do veículo.

Porém, se mesmo após a aplicação de fluído voltar a baixar, é imprescindível dirigir-se até uma concessionária ou centro automotivo para verificar o que está acontecendo. “Completar o fluído do radiador com muita frequência pode mascarar alguns problemas. É aceitável que um motor perca, por exemplo, uma média de até 50 ml de fluído a cada 5.000 quilômetros rodados. Mais do que essa perda significa que o sistema de arrefecimento apresenta algum vazamento”, esclarece Silvio França, supervisor da Petroplus, fabricante de aditivos.

Dentre os problemas mais frenquentes estão o superaquecimento do motor, que é a situação em que se diz popularmente que o ‘motor ferveu’. Uma boa medida preventiva neste caso é acompanhar possíveis alterações no medidor de temperatura no painel interno no veículo. Se ouvir a ventoinha do carro ligando com muita frequência por muito tempo, também pode ser um sintoma de problema.

Entre as várias funcionalidades do fluído de arrefecimento a principal é a prevenção de ferrugem de partes como a bomba d’agua. Quando o aditivo possui mais de dois anos de uso, pode perder suas propriedades antioxidantes que protegem o motor contra o processo de corrosão por ferrugem ou corrosão por cavitação, isto é, bolhas que podem gerar a corrosão das peças metálicas do sistema, entre elas, o radiador, dificultando a refrigeração e o funcionamento correto.

Quando o motor trabalha em temperatura irregular, é comum consumo de combustível acima da média. Por isso, é importante calcular periodicamente quantos quilômetros o carro faz a cada litro de combustível e comparar com a recomendação do fabricante. Qualquer alteração precisa ser averiguada e o sistema de arrefecimento pode ser um dos responsáveis. 




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