Setecidades Titulo Diadema
Comércio é ponto forte do bairro Serraria
Caroline Garcia
Especial para o Diário
16/04/2012 | 07:00
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De casas do Norte e barracas de coco a redes de grandes supermercados e lojas de varejo, o bairro Serraria, em Diadema, é predominantemente comercial, com diversidade de estabelecimentos.

O movimento de carros e pessoas é constante durante o dia, em uma região que tem cerca de 31 mil moradores. Há também grande variedade de equipamentos públicos, como centro de assistência social, biblioteca, centro de cultura, creche, escola, unidade básica de Saúde e hospital estadual.

"Dou nota 1.000 para o bairro. Quando me mudei, em 1973, minha rua não tinha asfalto e passava um rio. Hoje tem faixa de pedestre e o rio é uma galeria que passa embaixo", disse o aposentado Jair dos Santos Ribeiro, 85 anos.

Paulo de Araújo, 59, mora desde 1975 no bairro. Há 19 anos montou ponto de pastel. "Aqui tem muito comércio e indústria. Na rua que moro, só tem cinco casas, o resto são lojas e fábricas. Mas eu adoro", disse, enquanto servia pastel de carne e caldo de cana gelado à dona de casa Ester Rodrigues da Silva, 59. Ela mora na divisa entre a Capital e Diadema e caminha cerca de 50 minutos para chegar até o Serraria, várias vezes por semana. "Não tem nada onde moro. Então preciso andar até aqui quando quero alguma coisa. Adoro este bairro, tem de tudo, está melhor do que o Centro."

Desde o ano passado, a Praça Central no Serraria conta com base comunitária móvel da Polícia Militar, que faz o patrulhamento em horário comercial. A instalação do posto se deu após lojistas reclamarem do número de assaltos a clientes.

Os comerciantes continuam reivindicando base fixa de policiamento. Simone Braz, que mantém pequena papelaria há um ano e meio, foi assaltada em dezembro. "Parou um homem de bicicleta, me trancou no banheiro, pegou as coisas da loja, dinheiro e saiu."

Segundo a comerciante, a polícia tem feito rondas periódicas, mas não consegue evitar todos os assaltos.


Falta de espaços de lazer é reclamação geral

Se sobram opções para fazer compras no Serraria, o mesmo não se pode dizer quando o assunto é diversão. O bairro carece de áreas de lazer, como praças, parques e espaços verdes, comuns nas cidades da região e que são inexistentes por ali.

"Se quero fazer alguma coisa, pego a mulher e saio pela região. No bairro não costumo fazer nada de diferente", contou o aposentado Jair dos Santos Ribeiro.

Jovens também reclamam por não ter o que fazer aos fins de semana. "Tem sempre que ir para longe. Não tem danceterias nem bares decentes, só botecos", disse a desempregada Ana Paula dos Santos Carvalho, 24.

Para tentar amenizar o problema, a Prefeitura inaugurou em julho o Campo Municipal Waldomiro Gomes, conhecido como Campo do Serraria, que oferece aulas e promove campeonatos de futebol.

Também como incentivo ao esporte no bairro, há a sala de ginástica do grupo Mulheres em Movimento, além de três quadras poliesportivas.




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