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Mark Chapman, o homem que assassinou John Lennon há 25 anos, explicou que nada poderia detê-lo e que a vontade de matar o ex-Beatle era como um "trem" incontrolável. Em um documentário que será exibido na sexta-feira pela rede de TV americana NBC, Chapman, 50 anos, explica como acabou com a vida de Lennon, dando cinco tiros nas suas costas, na entrada da casa do músico em Nova York, no dia 8 de dezembro de 1980.
"Estou totalmente convencido de que naquele ponto nada poderia ser feito", afirmou. "Era como um trem, um trem fora de controle, não tinha freio", admitiu. "Nada teria me parado", insistiu Chapman.
Essas declarações foram tiradas de fitas de áudio gravadas em 1991 e 1992, e que fazem parte de um documentário produzido pelo canal britânico Channel 4 por ocasião do 25º aniversário da morte de Lennon.
Chapman, que foi preso na cena do crime, cumpre pena de 20 anos à prisão perpétua. Passados os 20 anos, ele ganhou o direito de pedir sua liberdade condicional, o que já foi rejeitado três vezes.
Nas fitas, ele explica por que decidiu matar o músico. "Ali estava um homem de sucesso que tinha o mundo aos seus pés, enquanto eu era apenas um homem sem personalidade (...) Recordo-me de que pensei que talvez fosse encontrar minha personalidade no assassinato de John Lennon", disse.
Chapman lembra do frio que fazia no fatídico dia, em Manhattan, e do que sentiu ao ver a limusine de Lennon parada na frente do Dakota. "Ouvi uma voz na minha mente que me dizia 'faça isso, faça isso, faça isso'. E quando ele passou do meu lado, saquei a pistola, apontei para as costas dele e apertei o gatilho cinco vezes", conta.