A possibilidade de construir novo estádio em São Paulo, em mais um capítulo da polêmica envolvendo as críticas da Fifa ao Morumbi, foi descartada ontem pelo presidente SPTuris e coordenador do projeto paulista para a Copa de 2014, Caio Luiz de Toledo. Os motivos seriam falta de tempo para o processo burocrático e a posição do governo do Estado de não usar dinheiro público na reforma ou construção de arena. A proposta é de investir R$ 27 bilhões na preparação para o Mundial, mas em infraestrutura e mobilidade urbana.

Entre as possibilidades de um novo estádio, haveria uma área em Pirituba. "O espaço de fato existe. É uma área de quatro milhões de metros quadrados, com dois milhões de área verde, a última área livre na cidade, e com projeto de construção de 800 mil metros. Ali vai ser o Novo Anhembi, com espaço de exposições, uma arena para shows e dois hotéis", explicou Caio Luiz de Toledo.

O governador José Serra teria dito em encontro com os responsáveis pelo projeto paulista para a Copa que outra preocupação é com o futuro de um novo estádio. "Teríamos um elefante branco, o novo estádio, e quatro esqueletos, o Morumbi, o Pacaembu, o Palestra Itália e o Canindé. É isso o que o governador pensa", disse Caio Luiz de Toledo.

Enquanto isso, o São Paulo mantém a postura de apostar no projeto de reforma do Morumbi, considerado pelo vice-presidente de marketing do clube, Júlio Casares, como "a única coisa objetiva até o momento". Hoje, será apresentado o escritório de arquitetura (o norte-americano Davis Brody Bond Aedas) que vai trabalhar em parceria com o brasileiro Ruy Ohtake. Esse escritório terá a missão de fazer adequações no projeto do estádio são-paulino que foi enviado à Fifa e que não agradou.