Como fazia todos os dias, a família havia acordado cedo para cuidar dos cavalos do haras. João Carlos Guidi, 67 anos, varria o celeiro quando seu enteado de 21 anos, que teve a identidade preservada, foi abrir o portão às 7h30, como de costume. O assassino estava à sua espera. Ailton Oliveira Camara, 37 anos, se identificou como policial federal e pediu para conversar com o padrasto do rapaz.
O adolescente acompanhou o homem até o celeiro onde estava Guidi. Sem dizer uma palavra, o assassino sacou uma escopeta e atirou contra criador de cavalos, a uma distância de aproximadamente 1,5 m.
O rapaz ficou em estado de choque ao ver o padrasto baleado. Segundo a versão do rapaz, ainda com a arma em uma das mãos, Camara pediu dinheiro e as chaves de uma picape Corsa estacionada no pátio do haras, para fugir.
Ao ouvir o disparo, a mulher de Guidi correu em direção ao celeiro, onde encontrou o marido baleado e o filho em poder do assassino. Antonia Vila Venturini, 45 anos, que era casada havia cerca de dez anos com Guidi, levou o homicida até o quarto do casal, onde estavam guardados um cheque de R$ 305 e a chave do carro. Com uma das mãos, Camara pegou o cheque e a chave, e com a outra, atirou contra a mulher.
Ao ver a cena, o rapaz partiu para a briga com o assassino, aproveitando o momento em que ele recarregava a escopeta. Os dois trocaram socos e chutes por cerca de 20 minutos e a briga que começou no quarto chegou à parte externa da casa.
Ela só terminou quando o rapaz conseguiu tomar a escopeta das mãos do falso policial. Com a arma apontada para Camara, ele conseguiu chamar a polícia.
Enquanto o rapaz falava ao telefone, o assassino tentou fugir correndo em direção a chácaras vizinhas. Ao perceber que não conseguiria alcançá-lo, o rapaz atirou com a escopeta e acertou a coxa de Camara. Em dez minutos, a polícia chegou no haras e levou Camara ao Hospital Nardini, onde estava internado e não corria risco de morte até esta sexta à tarde.
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