O técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, não escondeu nesta terça-feira que sua simpatia pelos argentinos vai além da admiração pelo estilo 'catimbeiro' de jogo. Talvez para amenizar a pressão da torcida argentina no jogo desta quarta, Felipão se declarou torcedor do River Plate "desde criancinha". “Eu adoro o River Plate. Acompanho de perto esse clube. É um orgulho muito grande enfrentar a Argentina no seu estádio”, contoou o treinador durante o reconhecimento do estádio Monumental de Nuñez.

“Nunca esqueci o Passarela... Tem também aquele uruguaio, como é mesmo o nome dele? Isso, o Francescoli. E tem o Aymar. Gosto mesmo do River, nunca escondi isso”, completou Scolari com um pé na Argentina e outro em Porto Alegre. Os jornalistas se mostraram bastante surpreendidos com a declaração, inclusive os gaúchos mais chegados ao treinador.

Durante entrevista coletiva, repórteres de diferentes locais do mundo procuraram alfinetar o brasileiro com perguntas polêmicas. Um jornalista argentino, por exemplo, perguntou a Felipão o que ele faria se o técnico argentino Marcelo Bielsa lhe propusesse o empate. “Aceitaria correndo e iria embora feliz da vida para casa. Até seria melhor se ele tivesse me telefonado e a gente tivesse acertado. Nem viria aqui. Estaria tudo maravilhoso”, respondeu, irônico.

A discussão sobre o ‘futebol-arte’ ainda não abandonou Felipão. Questionado sobre a mudança no futebol brasileiro, a resposta foi aquela já conhecida. "Meu amigo, não existe mais o futebol de 1958, 1962, 1970. Estamos em 2001 e tudo é muito diferente. O futebol de todo o mundo mudou, inclusive o brasileiro."