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Ambulante morre atropelado em Mauá
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
15/03/2008 | 08:43
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O motorista Francisco Carlos da Silva, 49 anos, atropelou o vendedor ambulante Sérgio Alves, 41, na Avenida Antônio Rosa Fioravante, próximo ao Centro de Mauá, sexta-feira de madrugada. Após o acidente, Silva fugiu sem prestar socorro à vítima, que morreu em razão do atropelamento.

O acidente ocorreu pouco após a meia-noite. Silva dirigia o coletivo da linha 061. Quando acertou Alves, o motorista teria descido do ônibus, se aproximado da vítima e chacoalhado o corpo, quando teria confirmado o óbito e voltado a dirigir o coletivo. E seguiu viagem, rumo ao Jardim Sônia Maria. No ônibus, havia quatro passageiros e o cobrador.

Alves era vendedor de milho, e costumava ficar entre 21h e 23h30 na porta da estação Mauá da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Ele voltava para casa com sua ajudante, Ana Paula Petrucci Silva, 21 anos. A jovem contou que Alves andava próximo ao meio-fio da rua e ela na calçada quando o ônibus bateu no carrinho.

“Com a batida, eu não achei mais o Sérgio e comecei a gritar. O motorista desceu e também ficou procurando. Quando achamos, o motorista mexeu no corpo e foi embora”, relatou a jovem.

“Eu senti a batida e vi o Francisco descer. Depois, ele voltou para o ônibus e seguiu viagem. Perguntei o que tinha acontecido e ele me disse que havia batido em um carrinho”, contou o cobrador do ônibus, Valmir José da Luz, 49.

Quando o ônibus partiu, Ana Paula se viu sozinha com o corpo. Estava ligando para os bombeiros quando um carro da polícia passou pela rua. Os policias chamaram o socorro médico e passaram a procurar pelo coletivo, que foi localizado no Jardim Sônia Maria. “O motorista disse que ainda tinha passageiros para entregar, mas concordou em vir conosco”, disse um policial.

Quando o socorro chegou, já não havia o que ser feito para salvar o vendedor.

Silva foi levado para o 1º DP de Mauá, onde prestou depoimento. O delegado-plantonista da noite, Carlos Aguemi, explicou que, pelo fato de ter fugido sem prestar socorro, o motorista teria de ficar preso pelo homicídio culposo. Até sexta-feira à tarde, Silva ficou na Cadeia Pública de Santo André, mas pagou fiança de R$ 1.200 e vai responder em liberdade.

Alves morava na casa de uma família, de quem era sócio no comércio ambulante e não tinha mulher ou filhos.



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