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Assaltante deixa nome, telefone e rouba
Willian Novaes
Do Diário do Grande ABC
01/11/2009 | 07:36
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Claudinei Plaza/DGABC


Após dar nome e telefone, e na sequência assaltar três funcionárias de um escritório de advocacia, na região central de Ribeirão Pires, na tarde de sexta-feira, o desempregado Clayton Figlia, 35 anos, foi preso na sua casa, na manhã de sábado, no Jardim Maristela, em Ribeirão, com equipamentos de produção de munições, cápsulas de diversos calibres e projéteis de chumbo e pólvora ao lado da cama.

Segundo, o sargento Edson Pereira, da 2ª Companhia do 30º Batalhão da Polícia Militar, o criminoso não reagiu e confessou que assaltou as mulheres e que o material era dele, mas negou que produzia munições para terceiros. "Ele não teve chances de fugir e confirmou que o material era seu. Agora precisamos saber para quem ele produzia essas munições", diz o sargento Edson Pereira.

O criminoso visitou o mesmo escritório em três oportunidades, nos últimos dois meses, para tirar dúvidas sobre possíveis processos trabalhistas contra uma suposta empresa. Segundo advogada que trabalha no local, que pediu para não ser identificada, Figlia teria ido ao escritório, na sexta-feira, alcoolizado e querendo marcar uma consulta. "Como a secretária era nova e não o conhecia ela pediu nome e telefone", afirma.

O criminoso anunciou o assalto, no momento em que a moça virou as costas.

Figlia levou a garota para a sala das duas profissionais, amarrou-a e colocou-a debaixo de uma das mesas. Para as outras reféns, o bandido dizia que sabia que o local tinha dinheiro.

Celular velho - "Como não encontrou nada, ele levou R$ 4 da primeira vítima e depois desamarrou a outra e ficou gritando que queria mais. Como não havia, pegou os R$ 30 da carteira dela e o celular, e, ainda reclamou que o aparelho era velho", diz a advogada.

Durante o assalto, Figlia atendeu um cliente do escritório à porta e mandou-o voltar em 15 minutos. Ele prendeu as mulheres no banheiro, que pediram ajuda com outro telefone. O criminoso fugiu a pé.

Depois da confusão, a secretária lembrou que tinha anotado os dados, idênticos aos que ele tinha deixado nas outras ocasiões. O marido da dona do escritório passou as informações para a PM, que o encontrou em casa.

Homem diz que munições são para prática de ‘tiro ao alvo'
Clayton Figlia estava inconformado, na manhã de sábado, na delegacia de Ribeirão Pires. Ele confirmou para o Diário que roubou as mulheres, mas se justificou. "Eu estava muito bêbado, sei que fiz coisa errada, mas eu não sou bandido", diz Figlia.

Sobre as munições e os equipamentos, como balança de precisão, ele informou que era para uso particular. "Isso aí é do tempo em que eu praticava tiro ao alvo. Eu era atirador, e isso não servia para nada, estava apenas guardado em casa", comenta.




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