Com as altas temperaturas registradas no Grande ABC desde o fim de semana, é difícil encontrar alguém que não tenha reclamado do calor. Hoje, os termômetros devem alcançar até 34ºC. Por conta disso, as vendas de ventiladores no comércio da região dispararam mais de 1.000% em relação à última semana.

A equipe de reportagem do Diário percorreu lojas em Santo André, São Bernardo e Mauá. Em alguns locais, não havia mais unidades disponíveis para a venda.

Entre eles, estava incluída a Lojas Cem na Marechal Deodoro, em São Bernardo, que na tarde de ontem somente dispunha de ar-condicionado para a comercialização. “Atualmente estamos com um problema de maior procura do que a oferta de produtos. Isso porque nós temos um estoque muito grande, já que somos uma rede com 266 lojas e grandes centros de distribuição. Aqui está chegando mercadoria todos os dias, mas na parte da tarde já vendemos tudo”, disse o gerente da unidade, Adriano Marson.

Segundo ele, na última semana a média diária de vendas chegava a cinco ventiladores por dia. “Atualmente vendemos cerca de 100 por dia. É um aumento de mais de 1.000%.”

Na unidade da Lojas Mel, em Mauá, apesar de ainda estarem disponíveis ventiladores para a comercialização, as vendas também saltaram. “Desde o sábado, tanto a procura pelos itens quanto as vendas aumentaram, em média, de 50% a 60%”, afirmou a gerente Renata Souza.

Ela disse que desde segunda-feira foram vendidas 120 peças. “Na semana passada estávamos vendendo entre quatro e cinco por cia. Teve um grande crescimento em modelos e faixas de preços diversos em todo o setor de ventilação.”

No Armarinhos Fernando, em Santo André, a procura por ventiladores cresceu entre 15% e 20% nas primeiras semanas do mês. Devido à alta, o produto está em falta na unidade. Agora a loja está esperando reposição pelos fornecedores, o que deve acontecer depois do Natal. Segundo o gerente Alexandre Vital, as altas temperaturas dos últimos dias foram decisivas para a procura em massa dos eletroportáteis na loja.

A Coop já registrou crescimento na procura de 652% em relação a 2017. A expectativa da rede é que esta onda de calor se estenda em picos de sete dias até o fim de fevereiro.

Além dos presentes de Natal nos braços, não é difícil encontrar consumidores levando os ventiladores. “Eu já tenho um em casa, mas está fazendo tanto calor que não está dando conta. Precisei comprar mais um para o quarto do meu filho, porque está impossível dormir sem”, afirmou a vendedora Renata Palma, 36 anos, moradora do Clube de Campo, em Santo André. Ela pagou R$ 139 no eletroportátil.

A operadora de caixa Eliana Costa, 46, que mora no Jardim Silvina, em São Bernardo, também já possui um ventilador em casa, mas precisou comprar outro. “Eu tive que recorrer aos modelos chineses, já que não estava me programando para comprar um ventilador agora, porque ainda preciso ver os presentes de Natal. Acabei pagando R$ 75 em um grande”, contou.

No geral, os preços de ventiladores variam entre R$ 49,90 e R$ 249,90, de acordo com a marca e o modelo. Há desde opções mais simples, e de tamanhos menores, até as mais sofisticadas e que possuem opções para incluir repelentes de insetos, essências e gelo.