Há seis meses, o eletricista Isaías Hipólito de Sousa, 43 anos, tenta a transferência para seu nome dos documentos do Fiat Uno usado que comprou na loja SP Interlagos, no Auto Shopping Global, em Santo André.

Sousa desembolsou total de R$ 417 à vista para que o serviço fosse realizado pela loja. No entanto, quando passou por blitz no trânsito, teve de dar explicações para os policiais. “É um constrangimento. Tenho de dizer que se os documentos não estão no meu nome, não é culpa minha”, relata.

De acordo com Sousa, o antigo dono do carro, que também é funcionário da loja, alega ter dívidas com o veículo e por isso protela a tranferência dos documentos.

“Dá para transparecer a má vontade deles. Eu já paguei, não entendo porque tanta demora”, reclama.

De acordo com a assistente de direção do Procon de Mauá, Marcia Barbosa, o consumidor deve juntar provas de que pagou pelo serviço de tranferência dos documentos e pedir o ressarcimento dos valores. “Se ele tiver como provar também os constrangimentos que passou, pode abrir um processo por danos morais”, diz.