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Prédio do Américo será tombado por conselho

Escola estadual mais antiga de Santo André, no Centro, se tornará patrimônio cultural do município

Juliana Stern
Especial para o Diário
12/10/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O Comdephaasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André ) deliberou por unanimidade pelo tombamento como patrimônio cultural do prédio da EE Américo Brasiliense, primeira escola ginasial pública de Santo André, inaugurada em 1948, no Centro da cidade. A partir de agora, o proprietário do edifício tem 60 dias para apresentar recursos ou contestações.

Localizado na praça 4º Centenário, 7, o prédio funciona como colégio estadual desde a sua inauguração, em 1962. Além de ser referência visual na cidade pela suas dimensões e localização, a arquitetura da construção evidencia a forte influência italiana em Santo André na época. Isso devido à presença de linhas geométricas, simetria e monumentalidade que se assemelhavam à arquitetura europeia do século 20, já em desuso. Segundo o Comdephaasa, a construção também difere das demais escolas estaduais que o governo de São Paulo implantou no mesmo período, já que as demais costumavam seguir estilos de arquitetos modernistas.

A área de sua construção também conta um pouco da história da formação do município de Santo André. O colégio foi erguido dentro de terreno da antiga Chácara Bastos, terreno de 82,1 mil metros quadrados, adquirido em 1890. Hoje, o endereço é ocupado não só pelo prédio da escola, como também pelo Centro Cívico de Santo André (Paço Municipal) – já tombado –, Câmara, Teatro Municipal e Fórum. 

MEMÓRIA

A EE Américo Brasiliense completou 70 anos de funcionamento neste ano. A unidade marcou a vida de diversos andreenses, caso da professora aposentada Sônia Rodrigues Rezende, 68 anos, que entrou na escola em 1956, na pré-escola, se formando em 1969 no magistério. Não satisfeita, voltou como professora em 1983, dando aulas no colégio até 1996, quando se aposentou. “Foi no Américo que passei os melhores anos de minha vida, quer seja como estudante ou como professora. Maior orgulho de fazer parte de sua história”, observou.




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