Faltam três dias para a abertura ao público da exposição Picasso na Oca, abrigada no espaço projetado por Oscar Niemeyer dentro do Parque do Ibirapuera. O status de uma retrospectiva dessas, com 125 obras do espanhol trazidas do Museu Picasso de Paris pela BrasilConnects, faz dela a jóia na coroa das comemorações de 450 anos de São Paulo. Mas enquanto não chega a próxima quarta-feira, dia que marca o início da exposição do cubista-mor, o roteiro de artes visuais está preenchido de outras homenagens à cidade. <

Neste domingo, por exemplo, o Conjunto Cultural da Caixa é reinaugurado após repaginação completa de suas dependências com uma mostra com 30 obras de Anita Malfatti (1896-1964). A pintora foi, ao lado de Tarsila do Amaral, Heitor Villa-Lobos, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, ativista intelectual da Semana de Arte Moderna, em 1922.

Também neste domingo, o Museu da Casa Brasileira abre a exposição Sob o Sol, a Garoa e a Fumaça. Nela, 19 designers foram desafiados pela coordenadora Cecília Consolo a criar imagens que remetam a São Paulo obrigatoriamente em preto-e-branco e sempre em painéis de 80cm x 53cm. No mesmo museu, permanece em cartaz (Re)conhecer o Centro, na qual fotografias e desenhos denunciam a deterioração do Centro paulistano.

Outra sugestão para massagear os olhos está no MAM-SP (Museu de Arte Moderna), com a mostra Mick Carnicelli: São Paulo, Paisagem da Alma. O artista italiano Carnicelli tem no conjunto da obra uma série de retratos da São Paulo onde ele se radicou durante um tempo. Destas, o curador Tadeu Chiarelli selecionou 80, nas quais é freqüente a presença da avenida Paulista.

O Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), recentemente declarado patrimônio histórico, promove Provocando o Olhar, um apanhado de obras de Miró, Picasso e El Greco que integra-se a esse vale-tudo festivo que é a cidade de São Paulo hoje.