- Ela entende que o pensamento dos pais é diferente. Tem esse machismo, o julgamento da sexualidade da mulher. Ou é submissa ou é vagabunda. Óbvio que Rosa imaginou que não seria bem recebida. O sistema, antigo e preconceituoso, acha que a mulher que trabalha com sexualidade não tem valor. E não é assim. A pessoa tem dignidade. Mas para o machista é inadmissível que uma mulher possa ganhar dinheiro com o próprio corpo. De fato, não é uma profissão fácil, mas acho que não existe profissão fácil, né? Estudando, percebi que sexualidade é poder, força, direito, expressão. Os homens repressores têm medo desse poder. Esse papel está me transformando profundamente, é uma jornada pessoal.

As cenas sensuais com a personagem também são bem frequentes, mas Letícia já tinha encarado o desafio no filme Bonitinha, mas Ordinária e na minissérie Nada Será Como Antes, onde protagonizou cenas quentes com Bruna Marquezine. E a atriz garante que não tem problemas com isso:

- É importante contar histórias que mostrem sexo, amor. Quando é bem encenado, bem-feito, no horário certo, traz reflexão, identificação... E é papel da arte refletir o humano. Muitas vezes, é banalizado, sim; mas, dentro de um contexto, tudo certo!

Em um relacionamento com o ator e apresentador Michel Melamed há dois anos, ela conta que ciúme não tem vez entre os dois:

- Michel assiste à novela todo dia. Falamos com muita liberdade sobre tudo. Vale tudo pela felicidade se for de comum acordo. Hoje, o que eu vivo é um relacionamento de amor e confiança.