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Acesso ao km 16 da Anchieta vira alvo de investigação

Vereadores querem reunião com Prefeitura para solicitar informações sobre projeto da obra e miram gestão Orlando Morando

Bruno Coelho
18/06/2025 | 05:00
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FOTO: Denis Maciel/DGABC
FOTO: Denis Maciel/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Menos de 24 horas após a reabertura do antigo acesso ao km 16 da Rodovia Anchieta pela Avenida Lions, no sentido São Paulo, a Câmara de São Bernardo passará a investigar a tão contestada alça entregue pelo governo do ex-prefeito Orlando Morando (sem partido). Em reunião ontem na Comissão Especial, que investiga obras da gestão anterior, ficou deliberado pelos vereadores o pedido de reunião com o secretário de Transportes, Mobilidade e Infraestrutura, Francisco José Carone, a fim de obter informações sobre as intervenções realizadas no local.

O imbróglio envolvendo os acessos à via Anchieta se desdobra desde o início deste ano, quando o prefeito Marcelo Lima (Podemos) passou a contestar a nova via, entregue em outubro de 2024 por Morando, depois de diversas reclamações de motoristas, com críticas ao remanejamento de fluxo e ao temor por acidentes. Ao todo, foram investidos R$ 32 milhões em obras e desapropriações, para no fim ser entregue à população apenas uma das duas alças previstas no projeto original. 

Como forma de atenuar os problemas naquele trecho, Marcelo Lima determinou o fechamento do acesso inaugurado por Morando, que seguirá sem destinação, enquanto o governo realiza sindicância interna sobre os trabalhos e recursos públicos despendidos no local. Desse modo, o prefeito reabriu a antiga alça para a Anchieta, sentido Capital, implementando uma terceira faixa no trajeto.

Com reduto na região do Rudge Ramos, o vereador Renan Queiroz (PMB), afirmou que a falta da segunda alça, de quem vem da Anchieta para acessar as avenidas Lions e Corredor ABD – que liga São Bernardo a Diadema –, segue sobrecarregando a Avenida Caminho do Mar, no mesmo bairro. “Queremos saber o por quê de não entregá-la. Houve uma falha do projeto? Faltou angulação o suficiente para veículos como carretas? Se houve falhas, como se faz uma obra de R$ 32 milhões e desapropria gente, sem saber como será o fim dela? Cabe à Comissão Especial investigar”, assegurou o parlamentar.

Presidente da Comissão Especial e líder de governo no Parlamento, Julinho Fuzari (Cidadania), deu encaminhamento para o pedido de reunião com Carone, na terça (24) ou na quinta-feira (26) da próxima semana. “Estamos requerendo, junto à Secretaria de Transportes, Mobilidade e Infraestrutura, o projeto inicial dessa obra, para que possamos entender o que era para ser feito ali”, disse. 

Em nota enviada anteriormente ao Diário, a assessoria de Morando, hoje secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo, afirmou que o segundo trecho do projeto foi contratado e deixado em execução para prosseguimento pela atual gestão da Prefeitura de São Bernardo. 

VANDALISMO

Também em menos de 24 horas foram vandalizados os segregadores instalados pela Prefeitura na alça de acesso, a fim de organizar o fluxo de veículos na Avenida Lions em direção à Anchieta. O Diário flagrou motoristas destruindo os equipamentos com os veículos para trocar de faixa, o que é proibido no local.

Anteontem, o governo orientava os motoristas a se direcionarem na faixa à direita 380 metros antes do acesso à rodovia, com placas informativas ao longo do trajeto. Administração informou que balizadores – como também são denominados os equipamentos – serão recolocados.

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