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Famílias deixam Jd.Kennedy amanhã
Camila Galvez
14/06/2011 | 07:53
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A reintegração de posse de 40 imóveis no Jardim Kennedy, em Mauá, está marcada para as 6h de amanhã. As famílias que ocuparam as unidades habitacionais no início deste ano e, desde então, lutam para regularizar sua situação, tentaram adiar pela segunda vez a reintegração. No entanto, agora não há mais acordo: os moradores terão mesmo de sair.

A intenção da Polícia Militar é fazer a remoção de forma pacífica, mas, além do oficial de Justiça, que cumprirá a ordem de reintegração, deverão comparecer 40 viaturas, uma para cada família.

As casas pertencem à Cooperativa Habitacional Central de São Paulo, que iniciou a construção em 2006. Outras famílias esperam os imóveis, mas, por irregularidades supostamente cometidas na gestão do ex-prefeito Leonel Damo, as moradis não foram entregues.

O problema é que os atuais ocupantes das casas, entre eles cerca de 100 crianças, não têm para onde ir. A Prefeitura afirmou que analisa a situação de cada família e, se comprovado que elas saíram de áreas de risco, serão inseridas em programas habitacionais.

Entretanto, isso não deve acontecer antes da reintegração, o que deixará as pessoas na rua. "Vou ter que ir para debaixo da ponte. Só estou aqui porque não tenho para onde levar minha família", disse Jerry Luiz da Silva Dias, 24, que vive com a esposa e o filho de 4 meses em uma das unidades.

Segundo os moradores, a Prefeitura teria apenas feito o cadastro no Bolsa Família, mas o bolsa-aluguel e o abrigo provisório prometidos no início de maio não vieram. "Eles querem deixar a gente na rua", protestou uma das líderes do local, Adelicia Silva, 43 anos.

Alguns dos ocupantes prometem sair das casas direto para o terreno em frente, onde ocuparão barracas de lona até que haja uma solução para o caso.




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