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Alaíde governa com fígado e intestino, dispara Orosco

Pré-candidato a deputado e ex-marido de Vanessa afirma que governo da ex-sogra ‘não tem pé nem cabeça’ e que Atila sentiu traição dos Damo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/07/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Pré-candidato a deputado federal e por mais de uma década integrante da família Damo por ser casado com a ex-deputada estadual Vanessa Damo (MDB), José Carlos Orosco Júnior (PDT) disparou contra a gestão interina da ex-sogra Alaíde Damo (MDB). “O governo da dona Alaíde age com o fígado e tem atitudes que passam pelo intestino.”

Um dos principais alvos da administração Alaíde – a emedebista exonerou todos os cargos aliados a ele na gestão –, Orosco reclamou que a ex-mulher “acorda todos os dias pensando como pode prejudicá-lo, com instinto de vingança”. “Qual a preocupação dela com a cidade de Mauá? É só atrapalhar a campanha do Júnior?”

“A interinidade da dona Alaíde está em curso e sem nenhum modelo de governo, o que coloca a cidade de Mauá de pernas para o ar. Muito triste ver nossa cidade com um governo sem pé nem cabeça, uma colcha de retalhos e que virou uma grande família, com sobrinhos, sobrinhas, filha, namoradas de sobrinhos, tudo dentro do Paço, sem nenhum conhecimento técnico”, disparou Orosco, ao citar secretários indicados com laços familiares com os Damo.

Segundo o pedetista, sua crise de relacionamento com a família Damo teve início quando ele foi indicado como vice na chapa do então candidato Atila Jacomussi (PSB) em 2016. “Naquela época eu já estava separado da Vanessa, mas ela não queria me ver na política.” Problemas jurídicos impediram que ele seguisse na chapa. “Peitei pelo nome da dona Alaíde. O Atila e seu grupo queriam o Chico do Judô (secretário de Serviços Urbanos). Tinha a tese de que a união das famílias Damo e Jacomussi venceria a eleição. Peitei, como coordenador geral daquela campanha. E tinha razão.”

Orosco prosseguiu as críticas à família Damo ao dizer que Atila utilizou a nomeação de Vanessa como secretária de Relações Institucionais para provocá-lo. “O combinado era eu ser candidato a deputado federal do governo, mas o grupo do Atila não queria me ver eleito, não queria criar sombra. Eles foram desleais, traíram a minha confiança. Eu estava rompido com eles. Mas nada como um dia após o outro e aconteceu tudo que aconteceu. No momento mais difícil, mostrei quem é o Júnior de verdade e prestei toda minha solidariedade e ajuda”, afirmou, citando a prisão de Atila.

Orosco declarou ainda que viu com tristeza demissão de seus indicados – muitos deles que trabalharam nos mandatos de deputada de Vanessa –, porém, assegurou que não observou com surpresa as exonerações de aliados de Atila por parte de Alaíde. “O grupo do Atila viveu o ditado do sapo e do escorpião. O sapo ajudou o escorpião a atravessar o rio com a promessa de não ser picado ao fim do trajeto. Quando chegou do outro lado, o escorpião picou o sapo, dizendo ser seu instinto. O instinto da família Damo é a traição.”


Pedetista diz que ex-mulher armou agressões por política

Acusado pela ex-mulher, a ex-deputada Vanessa Damo (MDB), de agredi-la física e psicologicamente, José Carlos Orosco Júnior (PDT) diz que é vítima de armação da emedebista, que não se conformou com seu ingresso na política. “Ela está incomodada porque estava de saída da política por uma inelegibilidade injusta aplicada contra ela.”

Segundo Orosco, ele “tem provas” de que Vanessa relatou estar envolvida amorosamente com outro homem em agosto de 2016 e que, a partir disso, se separaram de fato, mas não de direito. “Vivíamos na mesma casa por causa das minhas filhas, havia eleição e porque a Vanessa enfrentava uma enfermidade, um quadro de depressão, que ajudei a tratar.”

Passado o processo eleitoral – vitória de Atila Jacomussi (PSB) com Alaíde Damo (MDB) de vice –, Orosco comentou que o clima ficou mais ameno, mas logo outra crise surgiu porque ele seria secretário de Obras, enquanto Vanessa brigava para alocar familiares dela no Paço. “Gente que não ajudou na campanha. Quando ela e a família viram que não conseguiriam, politizaram uma separação que caminhava para ser amigável e armaram para cima de mim.”

Orosco foi denunciado na Lei Maria da Penha por Vanessa. Segundo ele, a Polícia Civil concluiu inquérito e encaminhou à Justiça sem indiciamento dele. O Ministério Público não entendeu assim e pediu punição ao pedetista. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) alegou que somente autoridade policial pode indiciar nesses casos. “Portanto, não sou indiciado. Mas quero que o processo transcorra para que eu possa provar minha inocência e tenha a palavra de um juiz. A Vanessa não foi agredida.” 




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