Liberado por volta das 15h de ontem da carceragem do presídio de Tremembé, no Interior, o ex-secretário de Governo e de Transportes de Mauá João Gaspar (PCdoB) corre contra o tempo para conseguir juntar os R$ 85 mil para pagar a fiança. Segundo a defesa do comunista, ele tem até as 15h de hoje para quitar a dívida, já que a Justiça estipula prazo de 24 horas após a soltura para pagamento de fiança.

“Não posso adiantar valores nem como estão essas conversas (para arrecadação), mas nosso foco é conseguir levantar o valor e pagar a quantia requerida”, disse o advogado Roberto Guimarães, que representa Gaspar nesta ação.
Ainda na noite de ontem, o advogado se reuniu com outros integrantes da defesa para discutir quais seriam as estratégias a partir de agora. “Só o que posso dizer é que, caso ocorra algum contratempo, adotaremos medidas cautelares.”

Além da multa financeira estipulada, o comunista também tem algumas restrições judiciais. O desembargador Mauricio Kato, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, também impediu o ex-secretário a exercer função pública ou que frequente o Executivo. “Claro que estamos conversando também sobre essas punições, mas elas estão em um segundo plano no momento. Ainda teremos algumas reuniões estratégicas sobre estes pontos”, disse Guimarães.

Gaspar foi preso no dia 9 de maio, no âmbito da Operação Prato Feito, conduzida pela PF (Polícia Federal) e que investigava suspeita de desvio de dinheiro de contratos públicos para fornecimento de merenda e uniforme escolares a diversas prefeituras do País. Ele foi detido porque policiais encontraram em sua residência R$ 588,4 mil em espécie.