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Moça leva tiro de raspão dentro do Poupatempo
Paula Nunes
Do Diário do Grande ABC
13/09/2006 | 23:58
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A auxiliar de enfermagem Talita Ferreira Chaves, 19, levou um tiro de raspão na perna na quarta-feira, enquanto aguardava ser atendida na unidade do Poupatempo em São Bernardo. O autor do disparo é um auxiliar de papiloscopia que trabalha no setor de emissão de documentos do posto. O policial Sérgio Rocha, 62, estava guardando sua pistola na bolsa quando a arma disparou acidentalmente.


Apesar do susto, Talita passa bem. Logo depois do incidente, ocorrido por volta das 13h. ela foi socorrida por funcionários do Poupatempo e levada ao Pronto-Socorro Central do município, de acordo com informações da gerente da unidade, Candida Schwenck. A auxiliar de enfermagem foi levada para casa em um carro oficial do posto, no fim da tarde, em torno das 17h.


“O tiro foi bem de raspão, nem chegou a rasgar a calça dela. Mesmo assim, fizemos questão de levá-la ao posto de saúde e fazer um exame clínico completo”, explica Candida. Após o resultado do exame de raio X e a constatação de que nada mais grave havia ocorreu, Talita pôde seguir para a casa.


Sérgio Rocha, por sua vez, foi afastado de sua atividades no posto pela Polícia Civil e não será mais encontrado no guichê do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt). O policial atendia no Poupatempo desde sua inauguração, há cinco anos. Trabalhava no turno da manhã, das 8h às 13h, diariamente. Ele é policial há 28 anos.


Segundo a gerente Candida, os policiais que atuam no Poupatempo não realizam o atendimento ao público armados. “Eles chegam e guardam as armas em um cofre, só retirando-as do armário quando estão indo embora”, conta. Foi justamente nesta movimentação que o acidente aconteceu. Rocha estava arrumando suas coisas dentro da bolsa, preparando-se para sair, quando a arma disparou e atingiu Tatiana, que estava a uns 50 metros de distância do policial.


“É injustificável e vamos ter de pensar numa forma de evitar que algo parecido se repita”, avalia Candida. De qualquer maneira, observa que a decisão de proibir que os policiais continuem entrando e saindo do posto armados cabe ao delegado do IIRGD. “Mas uma solução simples seria conscientizar estes profissionais da necessidade de travar as armas e, até mesmo, mudar o local onde elas ficam guardadas para outro em que o público não tenha acesso”, pondera a gerente.


Para evitar posteriores problemas por conta do incidente, Rocha seguiu até a delegacia seccional de São Bernardo para registrar um boletim de ocorrência do episódio. Sua arma, uma pistola calibre 6.3, foi apreendida para ser submetida à perícia. O policial responderá um processo na Corregedoria da Policia Civil.




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