As máquinas já estão preparadas para recomeçar o trabalho na Linha Camargo, obra que foi iniciada em 2012 pela gestão de Luiz Marinho (PT) e estagnada em 2016, com apenas 60% do trabalho concluído. A ordem de serviço para retomada da construção foi assinada pelo prefeito Orlando Morando (PSDB) ontem, no bairro Alves Dias. O prazo de entrega total da pista dupla nas margens do córrego, viário que interligará as avenidas Osvaldo Fregonezi, José Odorizzi e dos Flamingos – trecho de 1.300 metros – é de 90 dias.

O custo inicial previsto da obra era de R$ 64 milhões, no entanto, foi necessário reajuste durante a canalização e pavimentação do Córrego da Linha Camargo. A Prefeitura investirá R$ 900 mil para a continuação do serviço à empresa Planova, após repactuação do contrato. “No quesito do reajuste, eles (construtora) arbitravam um valor e a nossa Procuradoria e a Secretaria (de Transportes e Vias Públicas) tinham outro. Conseguimos com que fosse pago o justo”, destaca Morando.

Segundo o chefe do Executivo, a finalização da Linha Camargo vai desafogar o trânsito da Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco. “É um avanço importante, pois ela fará conexão com uma outra obra que nós retomamos, que é o Corredor Leste-Oeste. O fim desta via irá parar exatamente no Corredor Castelo Branco.”

O secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo,Delson José Amador, citou a importância da obra para a região. “Acredito que para os moradores, transportadores e até para aqueles que tenham que fazer essa conexão, isso aqui vai representar em um espaço de tempo muito curto uma nova alternativa, que vai melhorar a qualidade de vida, o deslocamento das pessoas, e vai resgatar mais um trecho que vai passar a ser parte integrante da cidade por direito.”

Para o metalúrgico Luiz Gonzaga de Paula, 56 anos, que mora no bairro Alves Dias há dez anos, a obra é necessária para resolver o problema de rachaduras, observado nas casas da vizinhança por conta do tráfego intenso de caminhões no local. “Essa área tem muitas empresas e galpões. As ruas do entorno estão carecendo de cuidados por causa do peso grande dos veículos que passam por aqui”, relata.

Enquanto a equipe do Diário conversava com o morador, carreta de sete metros passou pelo local para entrar em uma das fábricas. “Viu? É disso que eu estou falando”, apontou Gonzaga.