Ao longo de 8 km na interface de Mauá, Santo André e São Paulo, o afluente do rio Tamanduateí foi responsável por enchentes ocorridas há duas semanas no Jardim Utinga e Vila Sá, em Santo André, e em vários bairros da zona Leste da capital.

O trabalho integra um plano entre as ações previstas no Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê (lançado pela Secretaria há seis anos), e é apresentado pelo Daee como Anteprojeto de Regularização e Adequação Hidráulica do Córrego Oratório.

Apenas uma das intervenções já está em andamento, o piscinão do Jardim Sônia Maria, em Mauá, que deverá estar pronto até o fim de maio. Com capacidade para 100 mil m³, a obra – que contou com verba do Ministério da Integração Nacional – deverá acabar com as inundações nos bairros Jardim Sônia Maria, Jardim Sílvia Maria e Vila Buriti.

O piscinão Jardim Sônia Maria vai custar R$ 5,3 milhões ao governo do Estado. Para o diretor do Daee Ubirajara Felix, a obra não beneficiará somente Mauá.

"A retenção das águas do Oratório vai começar a partir daí, porque, ao ser entregue, o piscinão irá diminuir o fluxo que chega à foz no rio Tamanduateí (na divisa de São Caetano com a capital)".

Bairros - Já as outras intervenções estão "apenas no papel", sem ter ainda datas ou orçamentos definidos pela Secretaria. O diretor do Daee também não sabe se todas elas resultarão em mais piscinões no Grande ABC.

Uma das preocupações do Daee são as desapropriações que serão necessárias para a execução das obras. Entre os bairros de Santo André próximos aos trechos apontados pelo Daee estão Jardim Ana Maria, Jardim Santo Alberto, Parque Novo Oratório, Jardim das Maravilhas, Parque das Nações e Jardim Utinga.