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Grupo simula seqüestro em Ribeirão
Sergio Campos
Do Diário do Grande ABC
07/04/2002 | 18:46
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Um grupo de adolescentes de Ribeirão Pires simulou o seqüestro de uma amiga, a estudante K.B.S., 14 anos, para conseguir dinheiro dos pais da garota, com o objetivo de utilizá-lo para se divertir. O resgate, inicialmente estipulado em R$ 1 mil, foi reduzido para R$ 500 e pago no sábado, dia em que ela foi libertada. Porém, as contradições da vítima sobre o seqüestro levaram a polícia a interrogar seu ex-namorado, D.M.S., 16, e outros dois amigos, F.P.G., 16, e A.S.S., 17, que confessaram a autoria do suposto seqüestro. Nenhum deles foi detido, mas responderão por delito de extorsão mediante seqüestro.

De acordo com informações da família à polícia, na manhã de sexta-feira, a estudante foi para a escola Dom José Gaspar, na região central de Ribeirão Pires, e assistiu aula normalmente. No entanto, não retornou para casa, onde costumava chegar por volta das 13h.

Depois de duas horas do atraso da filha, a mãe, I.M.C., recebeu notícias dela por meio de um dos supostos seqüestradores, que telefonou para a casa da família e exigiu a importância de R$ 1 mil para libertá-la. Ele advertiu que se a polícia fosse avisada, iria matar a estudante. Ordem acatada pela família. Em uma segunda ligação, o valor foi reduzido para R$ 500 e ficou marcado que às 20h seria marcado o local para o pagamento.

Algumas desaconfianças sobre o seqüestro, como o valor baixo do resgate, o fato de a família ser de classe média, mas sem grandes posses, e a voz de um garoto levaram a família a buscar ajuda da polícia. Porém, exigiram que não houvesse interferência até que a garota estivesse em liberdade.

A polícia já tinha reservado seis viaturas que, junto com o delegado de plantão da Delegacia Seccional de Ribeirão Pires, Douglas Santos Alves, iriam monitorar o pagamento do resgate, que seria acertado no contato das 20h, e prender os criminosos depois que a garota fosse solta.

Porém, uma ação inesperada dos seqüestradores atrapalhou a operação. Eles ligaram às 19h e marcaram o local, na esquina da rua Francisco Tometich com a rodovia Índio Tibiriçá. A família avisou a polícia e se dirigiu ao local, onde o pagamento foi feito antes de a polícia chegar.

A mãe seguiu a instrução de deixar o dinheiro e aguardar pela filha a uma distância de 50 m. A estudante foi libertada e elas se dirigiram à delegacia, onde a vítima foi interrogada e despertou a desconfiança dos policiais, já que sua história tinha muitas contradições. O delegado arriscou interrogar amigos da garota e chegou ao ex-namorado dela, que acabou confessando o plano, elaborado junto com a própria garota e que contou com a participação de outros dois colegas de escola. O adolescente A.S.S. afirmou achar que se tratava de uma brincadeira.




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