Para testar o limite da paciência junto a motoristas que dependem da avenida Perimetral diariamente, estive no local das obras segunda-feira, na hora do rush.

Por volta das 17h30, vi que o congestinamento ultrapassava a Perimetral, passava pela avenida Santos Dumont e somente apresentava sinais de melhora na avenida Giovanni Batista Pirelli, quase na divisa com Mauá.

Todo este trajeto, que normalmente é realizado em 15 minutos pelo motorista, tomou cerca de 50 cansativos minutos segunda-feira.

Na altura da rua Artur de Queirós, funcionários da EPT (Empresa Pública de Transporte de Santo André) tentavam aliviar o tráfego desviando todos os intinerários dos ônibus para aquela via.

A idéia era deixar somente carros de passeio na Perimetral, mas a ação ajudava os motoristas e prejudicava os pedestres que, desavisados, continuavam a aguardar sua condução no ponto seguinte à rua aonde era efetuado o desvio.

Poucos metros depois dos fiscais, observamos o drama de um motorista cujo motor do veículo não aguentou o “pára e anda” daquela rua e ferveu. Fato que deve ter se repetido com muitos, durante todo o trajeto. Motoristas e carros despreparados para o forte trânsito misturados à chuva ficavam pelo meio do caminho. Piorando ainda mais o trânsito e a poluíção sonora (cada carro parado significava muitas buzinadas).

Conforme nos aproximávamos do local das obras, a situação tornava-se mais e mais caótica.

Em frente a uma igreja evangélica construída na avenida, funcionários do DTC (Departamento de Trânsito e Circulação) orientavam os motoristas a trafegarem por algumas rotas alternativas, mas a ação não parecia surtir efeito. Acostumados a fazer aquele caminho diariamente, os motoristas seguiam pela pista superior da Perimetral no sentido bairro-Centro, que, apenas com duas faixas, não suportava o grande fluxo de carros, causando uma lentidão ainda maior naquele ponto.