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Gloria Groove aposta em hit para Carnaval

No dia da estreia, drag queen conseguiu mais de meio milhão de views no clipe ‘Bumbum de Ouro’

Daniela Pegoraro
Especial para o Diário
09/02/2018 | 07:00
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Divulgação


 As drag queens estão dominando as investidas em hits carnavalescos. Pabllo Vittar lançou Paraíso em parceria com o cantor Lucas Lucco, sendo que o videoclipe, em pouco mais de uma semana de estreia, já tem cerca de 34 milhões de visualizações no YouTube. A música Tipo de Garota, da Lia Clark, também entra para a lista com audiência de mais de 1 milhão. No fim de janeiro, Aretuza Lovi lançou Joga a Bunda com a participação de Pabllo Vittar e Gloria Groove, contabilizando hoje cerca de 9 milhões de visualizações.

Groove também aposta em Bumbum de Ouro, vídeo postado no dia 5. Em quatro dias de lançamento, mais de 1,5 milhão de pessoas assistiram ao vídeo. A marca o fez entrar para o topo da lista Viral Brasil, do Spotify..

Com 23 anos, Daniel Garcia é quem dá a vida à Gloria Groove. Ele explica que a arte drag queen vai além. “É mais do que uma personagem, é parte íntima e autêntica do que sou e posso vir a ser”, revela em entrevista para o Diário.

O nome forte e diferente foi escolhido por uma razão especial: sua mãe. “Quis manter as iniciais dela, que eram GG”, conta, relembrando da progenitora, que se chamava Gina Generoso Garcia. O restante ficou à sua criatividade. “Gloria me remetia à época em que tinha ligação com a igreja. Comecei a trabalhar como backing vocal em uma banda e o pessoal falava sempre que precisava ‘colocar mais groove’”, explica.

Daniel já é experiente no mundo artístico. Participou de novelas, peças de teatro, dublagens e compôs a segunda formação do Balão Mágico. Como artista drag queen, entrou para o mundo da música dentro dos gêneros hip hop e rap. Em seus últimos trabalhos, tem se aventurado nas batidas de pop e funk.

Tamanha notoriedade de artistas que ‘fogem dos padrões’ pode ser considerada inusitada e Groove observa que é inevitável avanço de discussões sexuais e de gênero. “Apesar de ser uma evolução considerável, estamos ainda distantes da real valorização e inserção da cultura LGBTQ+ no mainstream”, declara.




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