Cultura & Lazer Titulo
Tempero baiano
Márcio Maio
Da TV press
15/01/2007 | 20:09
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Apesar de escolhida como cenário principal, Copacabana não foi a locação selecionada para o início das gravações de Paraíso Tropical. O diretor Dennis Carvalho e equipe viajaram para o Nordeste, onde as primeiras tomadas foram realizadas. É lá que Daniel, personagem de Fábio Assunção, conhece Paula, vivida por Alessandra Negrini, com quem vai viver um grande amor.

“Daniel é solar, tem energia muito boa”, diz Fábio, encarando seu quinto trabalho com o autor Gilberto Braga desde 1994, quando viveu Rodrigo Laport em Pátria Minha. “Paula mora na Bahia e é gerente de uma pousada. Vai se apaixonar por Daniel nos primeiros capítulos”, adianta Alessandra, que também interpretará a gêmea de Paula, Taís.

O cenário nordestino será bem explorado nos primeiros momentos da trama. Gravadas nas cidades baianas de Itacaré, Porto Seguro, Trancoso, Arraial D’Ajuda e Ilhéus, além de Porto de Galinhas, em Pernambuco, as cenas ocupam os 11 capítulos iniciais e retratam a fictícia cidade de Marapuã. “Daniel viaja à Bahia para comprar um resort. Lá o rapaz dá início a uma atribulada história de amor, espinha dorsal da trama”, afirma Gilberto Braga. O grande problema da negociação é que Amélia, personagem de Susana Vieira, tem um bordel no hotel de Oswaldo, do ator Otávio Augusto. Com a concretização da venda, ela é obrigada a sair. “Oswaldo só apóia a prostituição ali porque usufrui dos serviços das garotas”, fala Otávio. Mais tarde, já no Rio, a prostituição – inclusive de menores – volta a ser explorada nas cenas que retratam Copacabana.

Escalada para o elenco da novela de Aguinaldo Silva e gravando apenas alguns capítulos de Paraíso Tropical, Susana Vieira diz que a experiência não ajuda e ainda sente o frio na barriga típico de quem está começando. “Estou assustada. É uma participação muito ativa”, explica. Amélia morre por problemas cardíacos.

Em seu segundo papel na TV, a novata Ísis Valverde, 19 anos, se prepara para encarnar uma das personagens mais polêmicas da história. A jovem estreou em Sinhá Moça na pele da doce Ana do Véu e interpreta agora Telma, prostituta menor de idade que se envolve com os personagens de Chico Diaz e Fábio. “Contraceno muito com o Chico, nosso envolvimento na novela é mais íntimo”, conta Ísis. Essa é sua primeira novela contemporânea. “As cenas são mais ágeis, é um outro tempo. E os atores são todos feras. Estão sempre me dando força”, diz.

Marca registrada de Gilberto Braga, temas políticos e sociais brasileiros devem ganhar bastante espaço na história. Pelo menos essa é a intenção do autor, que pretende usar, além de cenas com subornos, trapaças, traições e golpes, outras estratégias já conhecidas para ganhar audiência. “Como todo folhetim, esse terá suspense, comédia, aventura, luta entre o bem e o mal e, é claro, amor, tema central”, conta.

Segundo o autor, o bairro de Copacabana deverá ser usado nas cenas da novela por meio de imagens de ambientes ao ar livre, sem participação de elenco. “Teremos praia, fachada de hotel e calçadão igual ao da Avenida Atlântica recriados no Projac”, explica Dennis, que planeja estrear Paraíso Tropical em 5 de março.



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