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Verba adicional garante obra na Chácara Silvestre
João Guimarães e Rogério Gatti
Do Diário do Grande ABC
04/01/2007 | 23:07
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O projeto de construção da escola de educação ambiental, que prevê a derrubada de aproximadamente 350 árvores da Chácara Silvestre, no bairro de Nova Petrópolis, em São Bernardo, dá sinais de que realmente deve sair do papel em 2007.

A Câmara de São Bernardo aprovou no mês passado a liberação de verba complementar de R$ 2 milhões para a obra. O dinheiro autorizado em forma de crédito especial será destinado para despesas que não foram orçadas inicialmente no decreto. A secretária da Educação, Neide Felicidade, afirma não se recordar ao certo o valor total das obras, mas com a disponibilidade do dinheiro, a construção pode começar a qualquer momento.

Segundo a secretária, a maioria das árvores que serão derrubadas são eucaliptos, que não são consideradas árvores de preservação.

Do outro lado da moeda, a promotoria do Meio Ambiente garante que irá complicar a vida da Prefeitura. Segundo a promotora Rosângela Staurenghi, se o projeto for liberado, o Ministério Público vai entrar com uma ação contra a construção da escola de ecologia.

A casa do Compahc (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de São Bernardo) que fica localizada dentro da Chácara Silvestre, é tombada. “Se você não preservar a área em torno da casa, vai descaracterizar o local historicamente”, explica a promotora.

Além do paradoxo existente na derrubada de árvores para construir uma escola de educação ambiental, vereadores e membros do Compahc ainda têm dúvidas em relação ao projeto de construção do colégio.

O vereador Tião Mateus (PT) afirmou não ter tido acesso ao documento antes da votação da verba. Ele alegou que pediu mais explicações para Prefeitura, mas não obteve resposta. “Eu não sei do que se trata essa escola, por isso votei contra a disponibilização da verba”, diz.

A secretária Neide Felicidade afirmou que o projeto está disponível na Secretaria de Obras da cidade.




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