No início da manhã desta sexta, as motosserras podiam ser ouvidas pelos vizinhos. Alguns deles foram ao terreno para tentar impedir o corte, chamaram os policiais militares, mas nada puderam fazer. “A documentação está correta. Vamos apenas fazer um boletim de ocorrência interno sobre a nossa presença para averiguar a denúncia que recebemos”, disse o soldado Vlamir de Moura.
“Tenho somente a lamentar, pois essa seringueira é um marco no bairro e no quarteirão. Quando era criança, eu brincava no terreno onde ela está. Infelizmente nada podemos fazer por sermos insignificantes perante a lei”, lamentou o comerciante Gyno Archimedes Cassettari, 65 anos.
O dono do terreno, Mohamed Jarouche, também proprietário de uma construtora, conseguiu a autorização municipal em 4 de novembro. A autorização foi assinada pela diretora do Departamento de Meio Ambiente de São Bernardo, Sônia Maria de Lima Oliveira, e pelo assessor da Secretaria de Habitação e Meio Ambiente, Júlio Cesar Bonetti.
Para compensar o corte das sete árvores, que deve durar três dias, Jarouche teve de doar 300 mudas de árvores nativas ao município. No último dia 1º de maio, o construtor iniciou o corte da falsa seringueira, mas foi impedido porque ainda não havia conseguido a autorização da Prefeitura.
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