O comissário de Relaçoes Exteriores da Uniao Européia, Christopher Patten, e o ministro das Relaçoes Exteriores, embaixador Luiz Felipe Lampreia, abrem, na próxima terça-feira, no Itamaraty, o 3º Comitê de Negociaçoes Birregionais Mercosul-UE. Durante sua visita ao Brasil, o comissário europeu também discutirá a Cúpula UE-América Latina e Caribe, realizada em junho de 1999 no Rio, e assuntos bilaterais em uma série de encontros com autoridades do governo brasileiro.

Segundo a UE, a presença de Patten na abertura do comitê tem o objetivo de dar um forte impulso político às negociaçoes e mostra o compromisso e a prioridade que o bloco dá ao Mercosul. O negociador-chefe da UE para Mercosul e Chile e diretor geral de Política Externa da UE, Guy Legras, chefiará a delegaçao européia, formada por 40 pessoas.

O comitê irá discutir, até sexta-feira, a cooperaçao, o comércio e o diálogo político entre os blocos. Uma de suas metas é avançar nas negociaçoes para criar uma zona de livre comércio entre Mercosul e Uniao Européia, objetivo estabelecido na Cimeira do Rio.

Na área econômica, as discussoes do comitê serao centradas nas barreiras nao tarifárias - identificando-as e discutindo meios de se lidar com elas. A UE deverá apresentar a lista de barreiras nao tarifárias que os países membros da uniao encontram ao exportar para o Mercosul. Segundo a delegaçao da UE no Brasil, o Mercosul já apresentou a sua lista. As negociaçoes sobre tarifas e serviços estao previstas para entrar na agenda de negociaçoes no ano que vem.

O comissário Patten também irá conversar com autoridades brasileiras sobre três áreas nas quais a UE quer desenvolver açoes de curto prazo em conjunto com os países da América Latina e Caribe: a promoçao e proteçao de direitos humanos; a criaçao de uma aliança para a sociedade de informaçao; e a área social. As três áreas foram definidas como prioritárias para as relaçoes do bloco com os países da América Latina e Caribe, tendo como base a Cimeira do Rio, pela Comissao Européia - órgao que propoe as políticas do bloco que, posteriormente, devem ser aprovadas pelos Conselho e Parlamento Europeu.

As informaçoes sao da Agência Brasil.