Setecidades Titulo
Medicamento continua em falta no Mário Covas
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
01/04/2011 | 07:47
Compartilhar notícia


A promessa era de que o Zoladex 10.8 mg, remédio para tratamento do câncer de próstata, chegaria terça-feira à Farmácia de Alto Custo do Hospital Estadual Mário Covas. No entanto, pacientes afirmam ter sido informados por funcionários do local que o remédio só será entregue em 20 dias.

O medicamento está em falta há mais de um mês e meio. O Zoladex garante que os usuários não precisem fazer um procedimento conhecido como castração cirúrgica, que consiste na retirada dos testículos. Pesquisas internacionais apontam que pacientes submetidos à combinação da radioterapia com o remédio têm 60% mais chance de cura.

O custo do medicamento chega a R$ 1.500. Os pacientes temem que o tratamento interrompido pela falta piore o quadro da doença.

Na última semana, a Secretaria Estadual da Saúde esclareceu ao Diário que o estoque do medicamento contra o câncer de próstata acabou antes do prazo porque houve demanda não prevista de pessoas que precisaram do medicamento com urgência.

O Estado afirmou que a nova remessa foi solicitada ao laboratório, mas a normalização prometida para terça-feira não foi cumprida. Procurada no fim da tarde de ontem, a Pasta não respondeu à solicitação de esclarecimentos.

SERVIÇO
A Farmácia de Alto Custo distribui gratuitamente remédios caros e excepcionais para pacientes devidamente cadastrados no DRS (Departamento Regional de Saúde) da Grande São Paulo). São 236 medicamentos para doenças mais complexas, como câncer, Aids, problemas renais crônicos, hanseníase e transtornos mentais, entre outros.

O abastecimento de Sifrol (Dicloridrato de Pramipexol), medicação contra mal de Parkinson, que também está em falta, deve ser normalizado ainda hoje.

Não é a primeira vez que faltam medicamentos no Mário Covas. No começo do mês passado, foi registrada a falta do Calcitriol, utilizado para tratar problemas renais.

Centro Hospitalar de Sto.André deixa doentes no corredor

Não é apenas quem depende de medicamento que enfrenta problemas na hora de ser atendido na rede pública de Saúde em Santo André. A equipe do Diário flagrou ontem cerca de oito macas dispostas num corredor do Pronto-Socorro do CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André.

Sem qualquer cuidado, os doentes se espalhavam pelo local, que fica no primeiro andar do edifício. Alguns estavam protegidos apenas por um fino cobertor. Havia enfermeiros ali, mas pareciam fazer pouco pelos que gemiam de dor ou choravam baixinho. Não havia acompanhantes com os pacientes que estavam no local.

Conforme nota enviada pela Prefeitura, as macas são para pacientes que aguardam resultados de exames ou receberam alta médica e esperam pela família. Ainda segundo a nota, aqueles que estão com muita dor ou não têm condições de esperar sentados são colocados nas macas.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;