A Câmara Municipal de Santo André já se movimenta para receber os seis novos vereadores que se juntarão aos atuais 21 a partir de 2013. A expansão do espaço do Legislativo andreense é tratada como prioridade neste ano. Os trabalhos da Casa retornam no dia 2 de fevereiro.
O principal problema, além da falta de espaço no edifício legislativo, é que o prédio é tombado como patrimônio histórico. Sendo assim, não é permitida uma mudança radical, que influencie na estrutura e fachada do local, para a adequação dos novos gabinetes.
Para sanar a questão, deve ser construído um anexo administrativo ao lado da Câmara, isto é, fora do edifício. De acordo com Paulinho Serra (PSDB), 1º secretário e membro da Mesa Diretora da Casa, essa nova edificação acomodaria parte do que há no primeiro andar atualmente (biblioteca, assessoria de comunicação, entre outros) e alguns setores do piso térreo, como o de correspondências.
Com isso, abriria-se espaço para os novos gabinetes, que seriam alocados no pavimento superior.
"A ideia que também estamos planejando é tocar o projeto pronto do estacionamento subterrâneo, para não prejudicar o espaço da praça", completou o tucano.
Segundo Paulinho, o estacionamento vem para complementar a reforma interna no prédio, que também terá implementações na parte elétrica e no sistema de internet - modernizada para o modelo sem fio.
Alguns vereadores, como Almir Cicote (PSB) alertaram que o projeto deveria ser feito na atual gestão da Câmara - presidida por Geraldo Aparecido Juliano, o Sargento Juliano (PMDB) - pois pode não ser concluído nos próximos dois anos. "Isso não tem como o próximo presidente fazer se a gente não começar neste ano. A partir do dia 1º de fevereiro, vamos priorizar isso. Se não conseguirmos iniciar, vamos deixar tudo preparado. É um procedimento de pelo menos três anos", explicou Serra.
O parlamentar do PSDB não soube informar a quantia que seria gasta na modificação do espaço, no entanto, afirmou que será necessário ajuda financeira do Executivo municipal, principalmente para a obra do estacionamento subterrâneo, com previsão para 500 vagas.
S.Bernardo não terá o mesmo problema
Se em Santo André o crescimento do número de vereadores representa dor de cabeça para a presidência da Câmara Municipal, por conta da falta de espaço para acondicionar os gabinetes dos novos membros, em São Bernardo a situação será bem diferente. Dos 21 parlamentares hoje (mesmo número de Santo André), a cidade governada por Luiz Marinho (PT) passará a contar com 29 cadeiras a partir de 2013.
O motivo para as lideranças legislativas de São Bernardo estarem tranquilas quanto ao crescimento estão no anexo legislativo construído entre 2006 e 2008. O novo prédio, inaugurado no começo de 2009 e que custou cerca de R$ 5,5 milhões, tem capacidade de abrigar gabinetes para até 32 vereadores.
A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 333 foi aprovada em setembro do ano passado e aumentará em 43 o número de vereadores do Grande ABC. Além de São Bernardo e Santo André (que terão, respectivamente, 29 e 27 parlamentares, contra 21 hoje), todas as Casas crescerão. São Caetano terá 19, em vez de 12; Diadema e Mauá irão para 23 parlamentares, seis além dos 17 atuais. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra também aumentariam suas cadeiras no Legislativo: a primeira iria para 19 vereadores, oito acima do número vigente. Já Rio Grande passaria de nove para 13 representantes. Em todo o País serão mais de sete mil novos políticos.
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