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Para ajudá-lo nessa difícil empreitada, a emissora escalou Ricardo Linhares, co-autor de alguns dos maiores sucessos do horário das oito, como Tieta, Pedra Sobre Pedra e A Indomada. Em sua segunda experiência solo na Globo, Linhares se inspirou num argumento do ator Paulo José sobre Formiga, cidade do interior de Minas Gerais onde as mulheres trabalham para grandes confecções de roupas do país. A partir daí, criou duas cidades fictícias rivais: Bocaiúvas, na qual o poder é exercido por homens, e São Francisco das Formigas, administrada por mulheres.
Mas o maior trunfo de Linhares parece ser mesmo o elenco de Agora É que São Elas. A começar por Vera Fischer e Débora Falabella, duas egressas do sucesso O Clone, de Glória Perez. Não por acaso, a Globo resolveu investir numa produção em que as personagens femininas têm papel de destaque e até brigam de igual para igual com os masculinos. Tradicionalmente, as mulheres assistem mais a televisão que os homens (correspondem a 60% da audiência). Quando o assunto é novela, esse número chega a 70%.
Na trama, Vera interpreta uma fazendeira que lidera a população de São Francisco das Formigas. Elas descobrirão que, para se livrarem do jugo opressor de Juca Tigre, personagem de Miguel Falabella, precisam se tornar independentes. “Pela novela vou mostrar que as mulheres melhoraram de vida a partir do momento em que se uniram em cooperativas”, afirma Linhares, estreante também no segmento do merchandising social. Mas para que o sonho da cooperativa se torne realidade Antônia e Juca Tigre terão de resolver algumas diferenças. Há 25 anos, ela deixou Juca esperando no altar e, desde então, ele jurou vingança. O papel do vingativo Juca Tigre foi escrito para Fábio Jr., que não acertou sua contratação com a Globo. Coube a Falabella “apagar o incêndio”, como ele definiu sua escalação.
Falabella volta a fazer novelas depois de cinco anos. Parece muito, mas Marisa Orth passou dez anos longe delas. A última em que atuou foi Deus nos Acuda, de Sílvio de Abreu. Ela volta como uma ex-miss destrambelhada, a Van Van. Qualquer semelhança com a Magda, do Sai de Baixo, será mera coincidência. Bem-humorada, ela diz que pediu às figurinistas da novela que aumentassem um pouco o comprimento da saia de Van Van para diferenciá-la da antiga personagem. “Ela é outra mulher. Preciso saber fazer mais de uma, não é mesmo? Afinal, a minha profissão é essa!”, afirma.
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