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Tracker Diesel 2002 é beleza que se põe na lama
Cristie Buchdid
Do Diário do Grande ABC
02/07/2002 | 18:37
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Diz o ditado que a primeira impressão é a que fica. Se tal frase for levada ao pé da letra, qualquer amante do segmento de utilitários esportivos compactos que fizer um test drive com o Tracker Diesel 2002 terá seu coração balançado. Produzido na Argentina, o SUV da General Motors começou a ser vendido no Brasil em fevereiro do ano passado, mas ainda não é comum vê-lo rodando pelas ruas, já que só está disponível para quem se dispuser a desembolsar a bagatela de R$ 74.023.

Antes de entrar no veículo, um comentário torna-se indispensável: o carro é lindo. Robusta e moderna, a carroceria mistura linhas retas e arredondadas. Vincos discretos proporcionam um design esportivo e ao mesmo tempo chique. Na parte inferior da carroceria, uma faixa saliente na cor do carro alimenta sua beleza. Os pára-choques também têm a cor do veículo. Um detalhe interessante no design é a base da janela dianteira, formada por uma linha irregular. Mas nem só de beleza vivem os vincos da carroceria, que também servem para dar firmeza à chapa. Outros belos destaques são as rodas de alumínio de 16 polegadas com pneus radiais 235/60, que dão um ar forte ao carro.

Mas a principal novidade da linha 2002 do utilitário, lançada em maio, é o motor 2.0 turbodiesel intercooler SOHC de quatro cilindros em linha e oito válvulas, com injeção direta de combustível e 108 cv de potência disponíveis a 4 mil rpm – 21 cv a mais que o da linha 2001. Trabalhando em alta rotação (o pico situa-se em 5 mil rpm), o propulsor é bom e forte. O motorista percebe logo que o SUV tem bom torque, de acordo com a massa do carro.

Na arrancada, o propulsor mostra-se sem graça para quem está no volante. Em baixas rotações, o motorista não sente grande força nas rodas. O torque máximo, de 25,5 kgfm, é atingido a 1.750 rpm. Quando o veículo beira os 2 mil rpm, é possível sentir o que os proprietários de carros turbinados batizaram como soco nas costas. Tradução: pode-se sentir o aumento de pressão ocasionado pela turbina, o que deixa satisfeitos todos os que têm consciência de que estão a bordo de um veículo a diesel.

A estabilidade é excelente. O carro acompanha muito bem as curvas. Um dos poucos incômodos na dirigibilidade se dá nos pisos irregulares, nos quais o carro pula um pouco. A velocidade máxima atingida pelo Tracker é 163,2 km/h.

Nas retomadas de velocidade, o Tracker apresentou bom desempenho, principalmente por causa do turbocompressor. A retomada de velocidade dos 40 km/h aos 80 km/h em quarta marcha, por exemplo, é feita em 9 segundos.

Uma qualidade que deve ser exaltada no Tracker é a sua dirigibilidade. No volante, com coluna de direção regulável em altura, o motorista pode, muitas vezes, esquecer que está conduzindo um utilitário esportivo. O destaque vai para a direção hidráulica, que é macia mas permite que as manobras sejam feitas com segurança.

A conclusão a que se chega é que, por ser dotado de um motor diesel, o utilitário anda muito bem e sua aceleração chega a impressionar, uma vez que propulsores movidos a esse combustível geralmente não têm boa pegada. É um veículo que se impõe e ainda tem a vantagem de ser econômico. Se você quer números, aí vão eles: o utilitário acelera da imobilidade a 100 km/h em 13 segundos e o tanque de 66 litros permite autonomia de mil quilômetros. O consumo médio é de 12,5 km/litro em percurso urbano e 17,2 km/litro na estrada.




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