Valle, que trabalha com manutençao de notebooks em Sao Paulo, começou uma campanha no fim do ano passado para conseguir doaçoes de equipamentos. Já conseguiu cerca de 500 peças. "Muita gente tem computadores ultrapassados em casa e nao sabe o que fazer com eles, pois nao têm valor comercial. Têm pessoas que até jogam as máquinas no lixo só para se verem livres dos trambolhos, como sao considerados", conta.

Mas só a doaçao dos equipamentos nao garante a realizaçao do seu sonho de montar um museu. Falta um dos itens mais importantes: o local. Segundo Valle, seria necessário um terreno de 5 mil m². "Espero encontrar parceria com alguma empresa."

Apesar de nao ter vínculos com o Grande ABC - ele mora em Itapecerica da Serra e trabalha em Sao Paulo -, Valle escolheu a regiao porque acredita ter mais espaços que possam abrigar o museu. "Há muitos galpoes de empresas desativadas, grandes o bastante para receber o museu e o restante do projeto", afirmou.

Além de computadores, Valle também está recebendo calculadoras e máquinas de escrever antigas, além de tudo o que diz respeito a elas, como fotografias, livros e cartazes.

O comerciante já conseguiu, por exemplo, uma calculadora portátil da década de 40, de nome Curta, desenvolvida em 1943, na Austria, por um prisioneiro de um campo de concentraçao.

Entre os computadores que já fazem parte de sua coleçao estao um IBM/3, fabricado na década de 60, e dois IBM modelo 4331, que têm 25 anos de existência.

Segundo Valle, seu projeto nao quer apenas criar um museu estático. Haverá também espaços para palestras e concursos para que jovens possam expôr seus projetos. Um Onibus Museu, para visitar escolas do interior e litoral de Sao Paulo, também faz parte do projeto.

Quem quiser doar algum equipamento, mesmo que nao esteja funcionando, ou tiver interesse em participar do projeto como parceiro pode entrar em contrato com Valle pelo telefone 866-0588.