Automóveis Titulo De olho na concorrência
Novo VW Polo é lançado com preços a partir de R$ 49.990
Vagner Aquino
29/09/2017 | 07:23
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Divulgação

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A cor de lançamento (amarelo Kurkuma) é ousada. A meta, mais ainda: estar no top five do mercado dentro de pouco tempo. Que carro é este? O novo Volkswagen Polo, que é fabricado na planta da marca em São Bernardo e, nas versões mais caras, traz até quadro de instrumentos digital, saída de ar traseira e acionamento do motor por meio de tecla – tudo isso vem dos irmãos maiores (como Golf e Tiguan), graças à plataforma MQB, que possibilita o compartilhamento de componentes.

E se você pensa que, por ser bem equipado, o hatch tem preço exorbitante, se engana. A lista começa em R$ 49.990 (configuração básica, com motor 1.0 aspirado de 84 cv), passa pelos R$ 54.990 cobrados pelo 1.6 MSI, de 117 cv, e os R$ 65.190 pedidos pela configuração Comfortline, chegando até a variante topo de linha Highline, que não sai por menos de R$ 69.190 – sem contar o valor dos opcionais supracitados.

Em entrevista, Gustavo Schmidt, vice-presidente de vendas e marketing da VW do Brasil, afirmou que o novato deve incomodar tanto os hatches quanto sedãs e até SUVs, pois “abaixo dos R$ 80 mil, com bom pacote, tem pouca gente (carros)”. E, pelo jeito, vai incomodar mesmo! Para se ter ideia, seus concorrentes diretos Chevrolet Onix, Fiat Argo e Hyundai HB20 partem de, respectivamente, R$ 46.390, R$ 46,8 mil e R$ 49.630. Do outro lado da moeda, a versão básica do Ford Ecosport, por exemplo, custa R$ 73.990 – valor semelhante ao Polo equipado com todos os opcionais, que vão desde o quadro de instrumentos digital (inédito na categoria) até as rodas aro 17 e detector de fadiga

DADOS
Ele tem 4,06 metros de comprimento, capacidade para 300 litros no porta-malas (30 litros a mais que a geração anterior), suporte para celular e vem, de série, com quatro air bags, computador de bordo, vidros e travas com comando elétrico, banco do motorista com ajuste de altura e toca-CDs com MP3, USB, SD Card e entrada auxiliar. Além disso, tem apoio de cabeça e cintos de segurança de três pontos para todos os cinco ocupantes. Por isso levou nota máxima no Latin NCAP, que avalia quesitos de segurança dos carros vendidos na América Latina e Caribe.

E os bons resultados também são evidenciados no consumo de combustível. Levou nota A nos testes do Inmetro – melhor média de 14,3 km/l, com gasolina (estrada) – dados relativos ao motor 1.0 MPI (aspirado), que é atrelado ao câmbio manual de cinco marchas.

No visual, o novato precisou passar por pequenas mudanças em relação à versão europeia – como grade inferior mais aberta. E o conjunto de suspensões foi elevado em 20 milímetros.

PÚBLICO-ALVO
De acordo com Schmidt, o público comprador do Polo é predominantemente masculino (60%), tem média de idade de 38 anos, renda de R$ 9.500 mensais e curso Superior completo. Tanto que a expectativa é de que 70% do mix vá para a configuração Comfotline (a segunda mais cara do portfólio).

E OS OUTROS HATCHES?
Com a chegada do Polo, muita gente pensou que outros modelos da gama da VW sairiam de linha. Mas tudo continua como sempre. Aliás, tudo, não! O Gol reduziu de quatro para três versões e o up!, de cinco para quatro. Já o Fox baixou a oferta de sete para duas configurações (todas, com motor 1.6), afinal, para se manter competitivo, era necessário reduzir seus preços. Executivos afirmam que o CrossFox sai de cena.

Dentre tantos esclarecimentos, resta sanar a dúvida que não quer calar: o carro é bom? Sim! Já de cara, o Polo agrada. Uns o chamam de miniGolf, outros, de Golzão. O fato é que, além de algumas características visuais, o Polo herda dos irmãos os detalhes de acabamento, a boa posição de dirigir e a ótima mecânica. Em relação às suspensões, ponto para o conforto. A precisão da direção também merece destaque. Difícil apontar defeitos à dirigibilidade do modelo. No avaliado 1.0 turbo, o casamento com a transmissão automática de seis marchas é praticamente perfeito. Caso ele manque um pouco, basta apelar para as trocas sequenciais feitas tanto pelas aletas atrás do volante quanto pela alavanca do câmbio.




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