A satisfação pela compra de uma moto zero-quilômetro logo se transformou em dor-de-cabeça para o técnico de informática Emerson Claudine Camellini, 35 anos. Ao averiguar as instruções do veículo, o rapaz detectou que o manual era de 2005 e, que as informações não condiziam com o modelo adquirido.

“No manual, a descrição dos comandos de seta e faróis alto e baixo indica que existe uma única chave de comando duplo. A minha moto, porém, conta com duas chaves distintas que divergem das orientações do guia”, explica.

Camellini comprou uma motocicleta Yes EN125, da marca Suzuki, no último dia 12 de fevereiro, na concessionária Da Vinci, em Santo André. Além da questão do manual, o técnico teve de reclamar também pelo cumprimento do prazo de entrega. A concessionária prometeu a retirada em dez dias, mas apenas depois de 29 efetuou a entrega.

O terceiro problema enfrentado por Camellini está relacionado ao brinde prometido na hora da compra: dois capacetes, número 60. “Não adiantou ganhar os capacetes, pois até hoje não consegui usá-los. O meu número é 56. Eu falei qual era o tamanho”, lamenta.

Durante o mês de março, o técnico mandou três e-mails para a concessionária pedindo a resolução dos problemas e não obteve retorno de nenhuma das mensagens. De acordo com orientação do Procon de Santo André, Camellini deve procurar o órgão e registrar a reclamação. A partir daí, a entidade notificará a empresa para que solucione as falhas em 30 dias.

Se, mesmo notificada, a concessionária Suzuki não cumprir o contrato, o cliente deverá procurar o Juizado Especial.

Depois do contato do Diário, a Suzuki divulgou nota se comprometendo a realizar, nesta terça-feira, a troca do manual do usuário e dos capacetes pelo número correto utilizado pelo consumidor.