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Moradores criticam desmatamento

População do pós-balsa reclama de novas invasões em área de preservação ambiental; especialista elogia resolução da Prefeitura que limita acesso

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
06/09/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Moradores da região do pós-balsa na região do Riacho Grande, em São Bernardo, declararam ontem apoio à atual administração no combate ao desmatamento irregular em áreas verdes dos bairros Tatetos, Capivari, Santa Cruz, Taquacetuba e Curucutu – todos localizados em área de preservação ambiental permanente. Desde sexta-feira, a Prefeitura tem reforçado a fiscalização no transporte de materiais de construção destinados à edificação de moradias irregulares às margens da Represa Billings.

Embora destaquem a necessidade da regularização fundiária para famílias que vivem no pós-balsa há mais de uma década, moradores aprovam as ações para coibir novas invasões. “Tem muita gente de fora invadindo nossa região. Toda semana você vê olheiros rodando por áreas verdes sem moradia. Precisa controlar isso”, destaca o operador de guincho Antonio Carlos Bueno, 49 anos, que reside desde sua infância no pós-balsa.

Segundo o comerciante Aparecido Brasiliano da Silva, 54, as invasões estão cada vez mais descontroladas, o que prejudica a população local. “Por onde você anda tem novos barracos. O prefeito precisa fiscalizar esse desmatamento e ajudar quem já mora aqui há anos.”

Ontem, em visita aos bairros do pós-balsa, a equipe do Diário flagrou a construção de moradias irregulares, com tijolos espalhados por diversas áreas recém-desmatadas. “Nos últimos meses, muitas pessoas de fora têm vindo para cá destruir a vegetação para construir novas casas”, diz a aposentada Djanira Salgado dos Santos, 70.

Para o ambientalista e presidente da AGDS (Associação Global de Desenvolvimento Sustentado), Nelson Pedroso, o fortalecimento da fiscalização no transporte de materiais de construção destinados para o pós-balsa é o primeiro passo para que o pedido feito por moradores seja atendido. “Para se pensar na regularização fundiária dessas famílias, primeiro é necessário acabar com novas invasões. Somente assim se consegue amenizar um problema que se arrasta há anos. A resolução da Prefeitura vai ao encontro da tão sonhada preservação ambiental daquele espaço”, destaca.




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