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Após morte suspeita, mães reivindicam vacina contra meningite para estudantes
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
01/09/2017 | 07:00
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 A reivindicação por vacina contra a meningite para todos os alunos da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Eva Maria dos Santos, no Campanário, em Diadema, onde a doença vitimou fatalmente criança de 3 anos em junho, e é suspeita de ter causado a morte de aluno de 2 anos na segunda-feira, motivou protesto, na tarde de ontem, na Câmara municipal. Com medo de que o problema causado por bactéria gere novas vítimas, mães de estudantes da unidade de ensino alegam que só permitirão o retorno dos pequenos para a escola após a imunização.

“Lavar a escola com cândida e com álcool não está adiantando. Para poder levar as crianças para a escola, a gente quer que tenha segurança. A escola teria que ficar fechada 40 dias quando faleceu o primeiro. Por que foi fechada um dia apenas por luto? Nós sabemos que o prefeito tem verba para liberar essa vacina, que custa R$ 900 (duas doses)”, destaca a manicure Vanessa Freitas, 42 anos, avó de aluno de 3 anos.

O laudo que atestará a real causa da morte do menino de 2 anos tem prazo de 20 dias para ficar pronto, a contar de ontem. No entanto, para as mães, não restam dúvidas de que se trata de nova vítima da meningite. “Eles informaram que o adulto transmite para as crianças que não estão imunes. A gente está com medo dessa bactéria estar ali em algum adulto. Se aconteceu com duas crianças, alguma coisa está errada”, diz Vanessa.

A aposentada Michelle Catarina da Silva Santos, 33, mãe de aluno com deficiência, ressalta que não há condições de que as famílias arquem com a imunização. “Nós não temos dinheiro para comprar a vacina.”

O primeiro óbito, registrado em junho, teve a causa confirmada para meningite bacteriana, o tipo mais grave da doença. A transmissão do mal ocorre por meio das vias respiratórias.

Na quarta-feira, a Prefeitura destacou que faria aplicação de quimioprofilaxia (medida terapêutica para a prevenção da infecção) para as crianças da classe da vítima fatal, cuidador da turma e familiares e ressaltou que o caso ocorrido em junho não tem relação com o observado na segunda-feira, já que “a incubação da bactéria se dá, no máximo, por dez dias”. Sobre as vacinas, a administração não se manifestou.  




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