Criança feliz cresce saudável. Foi com esse pensamento que a Prefeitura de São Caetano iniciou investimento de cerca de R$ 2 milhões para revitalizar e levar melhorias a 14 escolas municipais, sendo dez da Educação Infantil e quatro do Ensino Fundamental. O valor da obra foi dividido, sendo R$ 800 mil para as dez escolas que exigem menor intervenção (compra direta de materiais pela Secretaria de Serviços Urbanos) e de R$ 1,2 milhão para as unidades que demandam licitação – concorrência pública.

O arquiteto Enio Moro Junior, secretário de Obras e Habitação, explicou que os prédios perderam a qualidade enquanto edificação nos últimos anos. “Lamentavelmente, os programas técnicos recomendados para manutenção preventiva de edificações não teve sequência, e hoje a Prefeitura deve encarar esse desafio da manutenção corretiva, que sempre é mais caro e exige mais tempo”, explica.

Para Valdirene Rodrigues Costa, diretora da Emef Prof. Rosavito Cobra – escola onde as obras ainda não foram iniciadas –, a principal melhoria será no telhado, que tem pontos danificados responsáveis por goteiras e vazamentos quando chove. Além disso, a unidade também receberá pintura e melhorias em pias, torneiras, portas e bebedouros, que, segundo ela, precisam de “boa restauração”.

“O pessoal da Prefeitura esteve aqui para fazer avaliação, um diagnóstico geral. Essa reforma vai melhorar muito, inclusive na rotina dos alunos. Cumprindo a obra, tanto funcionários quanto os jovens estarão sendo beneficiados”, disse a diretora.

O caso é diferente na Emei Pedro José Lorenzini, onde os serviços de pintura foram encerrados há uma semana, deixando pendente somente manutenção. A escola, que atende a Educação Infantil, está com o aspecto novo, o que deixou as crianças animadas, principalmente por causa do novo visual do playground.

Segundo Andreia Carla Franco, técnica da equipe de inspeção e supervisão das escolas municipais, da Secretaria de Educação, as intervenções vão beneficiar inicialmente as 14 escolas, mas o planejamento é para que todas as 62, sendo 42 de Educação Infantil e 20 de Ensino Fundamental e Médio, sejam reformadas. “A revitalização é para todas. Como as escolas têm necessidades diferentes, as que demandam mais (as obras) começam primeiramente. Vale ressaltar que quando apresentam questões estruturais, de emergência, são atendidas imediatamente. Esse programa prevê a revitalização”, explica Andreia.

A Prefeitura informou que o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) determinou que nenhuma escola fique sem aulas para realização das obras. As equipes técnicas tiveram de se adequar aos horários livres, sobretudo para garantir a continuidade dos serviços e a segurança dos alunos.

A revitalização é dividida entre duas secretarias, portanto, o prazo das obras é de acordo com cada uma delas. Aquelas que são de responsabilidade da Sesurb (Secretaria de Serviços Urbanos) estão com início imediato, respeitando datas previamente combinadas com as escolas, e com perspectiva de conclusão para outubro.

Já para as obras a cargo da Seohab (Secretaria de Obras e Habitação) – que dependem de licitação – o cronograma é de terminar os projetos até o fim de agosto, abrir o processo em agosto, iniciar a obras em fins de setembro e encerrar o trabalho em janeiro, de modo a coincidir com o reinício do ano letivo.

Assim, as escolas com intervenções menos complexas, como manutenção de elétrica, hidráulica, pintura e pequenos reparos de pisos e alvenarias, além da recuperação de áreas ajardinadas são atendidas pelo cronograma organizado pela Sesurb.

Paço será responsável por obras mais complexas

A Seohab (Secretaria de Obras e Habitação) de São Caetano ficou responsável pelas intervenções mais complexas nas unidades escolares, as quais serão realizadas após abertura de processo licitatório, que já está em fase de elaboração, segundo a administração pública.

Nestas escolas, cujas intervenções são mais complexas, além da recuperação, a Prefeitura pretende avançar em algumas questões importantes, como, por exemplo, a instalação nos banheiros de torneiras com aeradores (para economia de água em torno de 30%), adoção de espaços coletivos (como biblioteca ou pátios) para instalação de iluminação por LED e ainda a instalação de equipamento piloto de reuso de água de chuva para utilização nas hortas das escolas ou ainda na limpeza de áreas externas.

Juntamente com essas medidas, o governo colocará em prática o Programa Escola Verde, que prevê o plantio de pelo menos três árvores em cada nova unidade, em locais especialmente escolhidos e previamente discutidos, com o objetivo de auxiliar no processo de remoção de gás carbônico do ar.

“Hoje, nas principais intervenções de arquitetura no mundo, a agenda de sequestro de (dióxido de) carbono é prioridade e pretendemos iniciar este programa de maneira pioneira no Brasil. Em tempo, uma árvore consegue, em cerca de 20 anos, sequestrar cerca de 140 toneladas de carbono. Os espaços de atividades serão também pintados prioritariamente na cor branca para melhor reflexão da iluminação. Pretendemos que, a partir destas obras, confirmar uma agenda sustentável, que deverá ser cada vez mais ampliada, em nossas escolas”, acrescenta o secretário Enio Moro Junior.

As escolas cujas obras são avaliadas como relativamente simples – mais corretivas – serão realizadas pela Secretaria de Serviços Urbanos da cidade.