Economia Titulo Balanço
Venda de consórcios
cai no 1º bimestre

Na contramão do mercado, moradores da região aderem à
modalidade a fim de comprar mais imóveis do que veículos

Vinicius Gorczeski
Do Diário do Grande ABC
30/03/2012 | 07:14
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Com o orçamento comprometido com impostos, matrícula e material escolares, férias e Carnaval, clientes movimentaram menos o mercado de consórcios, que esfriou no primeiro bimestre do ano ante o mesmo período de 2011, diz a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).

Foram 387 mil novas cotas vendidas. Valor corresponde a retração de 2,5% sobre janeiro e fevereiro de 2011 (396,8 mil cotas). O presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, assegurou que o comportamento de clientes em comprar menos cotas é comum no início de ano, e minimizou a queda ao declarar que o sistema continua expandido.

Prova disso é a entrada de mais pessoas nesse segmento - o total de participantes ativos em fevereiro saltou 12,5% ante o mesmo mês de 2011. Valor corresponde a entrada de mais 4,78 milhões de pessoas na modalidade. Rossi disse que, passados os efeitos sazonais, o setor deve voltar a crescer acima da média.

As contemplações também expandiram. Saíram dos 176,5 mil no primeiro bimestre de 2011 para 198,8 mil nos dois primeiros meses deste ano.

Mas não são todos que têm do que reclamar. A região, segundo a gerente do Consórcio Nacional Embracon, Lorelay Lopes, tem agora mais consumidores endinheirados. Aproveitando o boom imobiliário que tomou conta do Grande ABC, consumidores que planejam mais as compras - perfil ideal dos consorciados - fizeram os caixas da empresa serem irrigados. Tanto que Lorelay explicou que a proporção de cotistas que miram no mercado imobiliário é muito maior do que em outras regiões. No Nordeste, por exemplo, 20% optam por moradia, e 80% nos carros - sempre forte na modalidade. Nas sete cidades, 60% são consorciados de imóveis e 40% no restante.

Os números da região, pelo menos na empresa, evoluíram. "Em março vendemos R$ 9,8 milhões em contas. Em 2011, eram R$ 3,8 milhões", disse Lorelay. Diferença é de quase 158%. Em nível nacional, a alta foi de 60%.

ANIVERSÁRIO - Neste ano, o sistema de consórcio faz 50 anos. Criado por bancários em razão da escassez de crédito, Rossi falou que a popularização da modalidade se deu pelos baixos custos para se chegar a objetivo e a tendência é de crescimento.




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