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Travessia alternativa demora até 40 minutos
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
24/08/2011 | 07:30
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Claudinei Plaza/DGABC


Moradores do núcleo Tamarutaca, em Santo André, demoram até 40 minutos para atravessar a Avenida Prestes Maia em segurança. Quem mora em frente ao ponto onde, semana passada, casal de jovens morreu após ser atingido por roda de caminhão, tem de andar cerca de 500 metros até chegar a um viaduto ou ao semáforo em frente à Fundação Santo André.

A equipe do Diário esteve na via no início da tarde de ontem e constatou as dificuldades de quem tenta cruzar a via. Uma das opções utilizadas foi um dos viadutos. Para sair do local do acidente e chegar ao outro lado da via, com a utilização do elevado, foram necessários aproximadamente 20 minutos.

No entanto, pessoas com mobilidade reduzida ou que acompanham crianças demoram o dobro do tempo para completar a travessia. Caso da doméstica Ana Santos, 35 anos, que mora na comunidade e leva a filha Raissa diariamente à creche Monsenhor João do Rego Cavalcanti. "Tenho medo de atravessar com ela por baixo, por isso venho pelo viaduto. Por esse caminho demoro 40 minutos."

Por esse motivo, poucos utilizam os elevados e se arriscam entre os veículos. Mesmo assim, o tempo de espera também é longo: moradores do bairro afirmam que, nos horários de pico, demoram até 20 minutos para atravessar as duas pistas, com três faixas de rolamento cada. "É muito perigoso atravessar aqui. Conheço bastante gente que morreu nessa avenida", conta Ana Maria da Silva, 49.

Além da falta de semáforos, a má qualidade do solo prejudica a travessia. No canteiro entre as duas pistas há um declive, o que aumenta os riscos. Quem sai da pista sentido Avenida Industrial para a contrária encontra calçada estreita, de menos de um metro. 

AGENTES
Durante as quase duas horas em que a equipe do Diário esteve na avenida, não foram vistos agentes de trânsito orientando a travessia. A equipe voltou ao local por volta das 17h e verificou que uma viatura da Guarda Civil auxiliar pedestres. Os guardas informaram que faziam o serviço porque os amarelinhos não estavam. No dia anterior, a Prefeitura havia informado que os agentes fariam ronda na via a cada meia hora. Nos horários de pico, passam cerca de 60 mil veículos.




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