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Toda a apresentação será gravada e Zinner garante que quem for ao show sairá satisfeito. “O público merece qualidade”, diz. O título Frankenstein não se refere a nenhuma monstruosidade, é apenas um aviso de que o espetáculo reúne retalhos de várias fases da carreira do baterista, inclusive músicas inéditas.
“A maior parte é de canções do Deep Purple, mas há também outras influências, como Alice Cooper, Motorhead e Jimi Hendrix”, adianta Zinner. É claro que músicas do Golpe de Estado e de Rita Lee não faltarão. “Da Rita vamos mostrar Esse Tal de Rock’n Roll, que com ela nunca foi tocada ao vivo”, conta.
O objetivo é, no futuro, fazer um show só com composições próprias, mas por enquanto a Rockestra mostra apenas as novidades Eu Quero É Mais e Sanguessugas. O grupo é formado por Robson Rocco (vocal), Fernando Piu (guitarra), Daniel Latorre (teclados) e Renê Seabra (baixo), além de Zinner na bateria. “Esse time é o núcleo, mas quero ampliá-lo colocando percussão, naipe de metais e outro baterista”, afirma Zinner, que é também produtor de bandas.
Formada no final de 1999 e dedicando-se apenas ao circuito underground, a Rockestra realizou um show no último dia 25 que mudou o rumo da banda. Uma platéia de mais de 800 pessoas – sem contar as que ficaram do lado de fora – marcou o recorde de público no Centro Cultural São Paulo. “Foi o impulso que precisávamos. Eu já tinha passado por isso nos formatos Rita e Golpe, mas agora é um sentimento de recomeço e com a sensação de que o público já conhece o que faço”, comenta.
Originalidade – Influenciado na adolescência pelo som dos bateristas Júnior (Patrulha do Espaço) e Rubinho Barsotti (Zimbo Trio), Zinner quer agora criar um estilo totalmente novo para a Rockestra. “Em resumo é um pop rock, latino e com um pouco de percussão árabe e, às vezes, o ritmo da música japonesa. Não sei nem como qualificar esse estilo”, brinca o artista. Como primeiro exemplo dessa mistura, ele aponta a canção Eu Quero É Mais.
O lançamento do primeiro CD está nos planos, mas não há ainda nenhum cronograma com datas a serem cumpridas. O show de hoje no Victória Hall será gravado e parte dele poderá ser utilizada como faixas bônus em um futuro disco.
Para Zinner, o mercado fonográfico precisa ser mais aberto. “Já houve a invasão do sertanejo, do axé, do pagode e, agora, do funk. Tudo isso é válido, é música boa para ser comercializada. O problema é ficar só nisso, pois o Brasil tem muita diversidade de gêneros e temos de abrir o leque para criar mais oportunidades”, opina.
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