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Sai retrato falado de seqüestradores
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
20/01/2006 | 16:29
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A polícia divulgou nesta quinta o retrato falado de dois homens que teriam seqüestrado a empresária Rosa Maria Vera Magnani, 61 anos, no último dia 4, em Ribeirão Pires. Ela foi encontrada morta no último final de semana. Segundo informações dos empregados que presenciaram o crime, um dos seqüestradores aparenta ter 18 anos, é claro, possui cerca de 1,75 m e tem cabelos e olhos castanhos claros. O outro tem pele escura, é um pouco mais forte, tem cerca de 1,70 m, aparenta ter 23 anos e possui cabelos e olhos castanhos escuros. As testemunhas não conseguiram descrever um terceiro homem que teria participado da ação.

Depois de passar dez dias em cativeiro, a empresária foi encontrada morta, com quatro tiros na cabeça, na manhã do último domingo, na estrada Flávio Humberto Rebizze, em Rio Grande da Serra. De acordo com o delegado da DAS (Delegacia Anti-Seqüestro) de Santo André, Alberto José Mesquita Alves, um dos filhos de Rosa foi quem negociou com os seqüestradores o valor do resgate. “A família decidiu pagar o resgate e o dinheiro foi entregue na tarde de sábado. A vítima apareceu morta depois. Os criminosos agiram com muita crueldade”, afirmou o delegado. O valor pago não foi informado pela polícia.

Em depoimento, os empregados disseram que a empresária foi seqüestrada em sua própria casa por três homens. “De acordo com as testemunhas, os criminosos renderam um dos empregados e invadiram a residência da vítima. Depois, colocaram todos os funcionários no banheiro e levaram a empresária. Eles estavam de luvas, o que impossibilitou colhermos as impressões digitais”, explicou Mesquita Alves.

O bando usou o carro da filha de Rosa para fugir, um Ecosport preto. O veículo, que estava estacionado a poucos metros da garagem da casa, foi localizado na mesma noite do seqüestro totalmente queimado na estrada em que Rosa foi encontrada morta, só que três quilômetros adiante. A estrada Flávio Humberto Rebizze margeia a represa Billings e é uma espécie de vicinal da SP-122, que liga Ribeirão Pires a Paranapiacaba. De pouco movimento, é utilizada por quem conhece bem a região, principalmente por pescadores e moradores de sítios.

O cativeiro onde Rosa teria ficado os dez dias refém dos seqüestradores ainda não foi identificado pela polícia. “Acreditamos que o local seja entre Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Estamos checando todas as informações que nos chegam”, disse Mesquita Alves.

Rosa era viúva, mãe de três filhos e dona da Indústria Real Mecânica de Precisão, em Ribeirão Pires. Morava com a mãe, de 82 anos, na Vila Aurora. Ela completou 61 anos no domingo, dia 8, quando já era mantida refém em cativeiro.

Disque-denúncia – Quem tiver alguma pista relativa aos suspeitos pode entrar em contato pelo telefone 181. A polícia manterá sob sigilo o nome dos informantes.




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