Terminou ontem o prazo para que bar localizado na Vila Lutécia, em Santo André, e que funcionava irregularmente mesmo depois de ter sido fechado pela Prefeitura, encerrasse ou regularizasse as atividades. O estabelecimento é constantemente alvo de reclamações por perturbar o sossego de moradores. O caso foi, inclusive, noticiado pelo Diário em 10 de maio.

A administração não antecipou o que será feito após o fim do prazo, apenas divulgou nota na qual informa que “verificando o andamento do processo na Gerência de Fiscalização de Obras e Atividades foi informado que o estabelecimento em questão foi multado no prazo determinado pela legislação”.

Enquanto isso, o bar segue aberto. A nova proprietária, Brenda Curvelo de Almeida, 23 anos, alega que o local voltou à ativa há quase 40 dias (desde que ela comprou o estabelecimento) porque a Prefeitura liberou o funcionamento com base no protocolo de pedido do alvará. “Estamos seguindo o papel. É (o funcionamento) até meia-noite, quando abaixamos as portas. Abro uma hora da tarde, você está vendo que está tranquilo. O barulho que tem é de conversas”, explica.

Não é, porém, o que dizem aqueles que vivem no entorno. “Eram 4h quando fui levar minhas filhas para o ponto de ônibus e (o bar) ainda estava funcionando”, diz moradora que não quis se identificar com medo de retaliações. “Uma moça está abrindo, fica até certo horário e depois quem assume é um homem. Assim que conseguirem o alvará, virão com tudo para cima da gente”, afirma outra munícipe que reside na rua.

Brenda nega as acusações, citando que o marido trabalha cedo em outro local, além de detalhar o processo que cumpriu para manter o comércio aberto. “Disseram que a gente somente poderia abrir as portas se tivesse alvará. Demos entrada no contador e ele falou que precisava do laudo do Bombeiro. Estamos seguindo tudo à risca, com o documento provisório e esperando pelo definitivo”, pondera.