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Corinthians vence Botafogo por 1 a 0 no Pacaembu
Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
20/08/2006 | 22:20
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Tabus foram feitos para serem derrubados. Manga cai bem com leite, apesar da lenda que desautoriza a combinação. E Emerson Leão começa a cair bem com Corinthians, apesar de muitos narizes torcidos. O técnico conduziu o Timão à segunda vitória no seu segundo jogo no clube e ainda providenciou a estréia de Nadson, trazido do futebol sul-coreano, que entrou no segundo tempo para anotar o único gol da vitória sobre o Botafogo. No duelo alvinegro, saiu-se melhor o paulista, que agora é o 17º colocado do Campeonato Brasileiro, com 19 pontos. Ainda não abandonou a zona de rebaixamento mas, ao menos, livrou-se momentaneamente dos apelidos de ultimão e penultimão, trocadilhos entre a alcunha do clube e as posições vexatórias que ocupava nas últimas rodadas. O Botafogo, com 18 pontos, segue como 19º.

Anêmico, o 1 a 0 documenta bem a partida, na qual o Corinthians começou agressivo, primeiro por causa do futebol, depois pelo jogo violento. Um time que proporcionou minutos iniciais elétricos para depois ver recuados os meias Carlos Alberto e Roger e, conseqüentemente, uma timidez ofensiva cada vez maior. Ainda mais crescente foi a violência em campo.

Por muito pouco, Corinthians e Botafogo não rebatizam o estádio do Pacaembu de ringue do Pacaembu. No primeiro tempo, as equipes distribuíram faltas (19 pelo lado botafoguense; 18 pelo corintiano) e, como pagamento pelos desserviços prestados, oito cartões amarelos somente na etapa inicial.

Um dos amarelados foi Carlos Alberto, depois de golpear Rui com uma cotovelada e ter a expulsão reivindicada pelos adversários junto ao juiz Paulo Henrique de Godoy Bezerra. O técnico do time carioca, Cuca, foi de tal forma contundente ao pedir o vermelho para o corintiano que acabou ele mesmo expulso de campo. Carlos Alberto contemporizou, lavou as mãos: “Está um jogo pegado, bonito de jogar. Malandramente, o Rui induziu o juiz a me dar o amarelo. E ele deu”.

A segunda etapa determinou um relativo cessar-fogo entre as equipes, com mais tranqüilidade em campo. Entre as alterações feitas por Leão no tempo complementar, Roger, reintegrado ao grupo pelo treinador, deixou o gramado para dar a vaga ao estreante Nadson, aos 14 minutos. O atacante não abrilhantou o desempenho da equipe, mas fez o gol que assegurou os três pontos, esse artigo tão raro na história alvinegra recente.

Ao receber passe de Mascherano, tocou para Tevez. O atacante argentino – que reafirmou ao fim do jogo seu desejo de deixar o Parque São Jorge e que esta pode ter sido sua última apresentação – conduziu a bola à linha de fundo e cruzou para a área. Nadson antecipou-se a Carlos Alberto, que já armava o chute, e acertou de primeira na direção do gol do Botafogo, sem chances para o goleiro Max. O resultado reanima o Corinthians na competição. Já qualidade técnica são outros quinhentos.




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