Ato realizado há 19 anos pede o fim da violência, que vitimou o padre Leo Commissari
Público estimado em 500 pessoas participou ontem da 19ª edição da Caminhada pela Paz, promovida anualmente pela Paróquia Jesus de Nazaré, na Vila São José, em São Bernardo, ato em protesto contra a violência que vitimou, em 21 de junho de 1998, o missionário italiano Leo Commissari. O líder religioso foi assassinado, aos 56 anos, na favela do Oleoduto, no Jardim Silvina, área em que desenvolveu diversos trabalhos sociais, mantidos até hoje.
A ação partiu do local onde o crime ocorreu e foi acompanhada pelo bispo diocesano de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini, que, em seguida, realizou missa na Paróquia Jesus de Nazaré, na Vila São José. “O padre Leo Commissari deu testemunho de caridade, de amor a Deus e amor ao próximo. Essa caminhada traduz o sentimento de todos os filhos de Deus, que não querem violência. Vamos pedir a Deus que nos dê paz e nos ajude a construí-la”, disse o bispo.
O estudante Gabriel Araújo, que ia à frente da caminhada, empunhando uma cruz, nem era nascido quando o crime que tirou a vida de Commissari aconteceu (o jovem tem 13 anos). No entanto, ele sabe bem sobre a atuação que o padre desempenhou na localidade. “Ele ajudava muitas pessoas a se livrar das drogas, tirava-as da pobreza de espírito”, comentou.
O aposentado José Paulino Barros, 73, que conheceu Commissari, só não compareceu a uma caminhada dentre todas as edições, por motivo de doença. “Era uma pessoa muito carismática, presente, e que cuidava da comunidade. O que ele fez por nós nunca iremos esquecer.”
Maria Tiago do Espírito Santo, 63, ressalta que o missionário só fazia o bem “e morreu fazendo bondade”. O carinho da lembrança é compartilhado pela amiga Maria Raimunda André, sempre presente em todas as edições. “Não tenho nem palavras para descrevê-lo, de tão maravilhoso que era. Além do pedido de paz, essa caminhada mostra toda a obra que deixou.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.