Política Titulo Estruturas retiradas
Obra do teleférico é desfeita em Ribeirão

Governo de Saulo gastou R$ 1,8 milhão em
projeto que estava parado; recurso será perdido

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
22/06/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Prefeitura de Ribeirão Pires começou a retirar ontem partes da estrutura que havia sido colocada para construção do teleférico, no Complexo Ayrton Senna, onde está localizado o Teatro Municipal Euclides Menato. A ação da Prefeitura confirma que o teleférico não será mais parte dos planos da atual gestão da cidade, de Adler Kiko Teixeira (PSB).

Para construção das obras, mesmo que inicialmente, foi gasto e, agora, totalmente perdido com o cancelamento, R$ 1,8 milhão. Deste valor, R$ 990 mil foram utilizados para concepção do projeto executivo. Além desta quantia, outros R$ 476 mil foram despendidos para compra dos bondinhos que seriam utilizados. Mais R$ 550 mil serão pagos pelo serviço da Capellano, que realizou a parte de infraestrutura. O pagamento para a última é dividido em três partes de R$ 180 mil cada. Até agora, já foi paga a primeira parcela.

O projeto do teleférico nunca foi visto com bons olhos pela atual administração. Desde o início do ano, Kiko e sua equipe já avisavam que não prosseguiriam com a ideia do antecessor Saulo Benevides (PMDB).

“Foi dada a ordem de início de uma obra que não tinha as devidas licenças e tampouco existia a garantia dos recursos. Em frente ao teatro municipal o serviço foi iniciado, a empresa fez medição e a obra não tinha como prosseguir, até mesmo porque o recurso não foi liberado por parte do governo federal”, disse Kiko.

A Prefeitura informou, por meio de nota, que a Secretaria de Infraestrutura Urbana ficará responsável pelo local e que a Pasta vai retirar os entulhos das obras não finalizadas. O piso do espaço será revitalizado e o gradil que está na área será retirado. O muro que separa o complexo da Delegacia de Ribeirão Pires também será arrancado para ampliar o espaço. A entrada do teatro passará por processo de revitalização.

Os outros dois pontos da cidade que deveriam fazer parte do teleférico são o Mirante Santo Antônio e o Parque Milton Marinho. O primeiro não teve nenhum avanço nas obras desde o início do projeto. Apenas alguns entulhos estavam presentes no local. Já no Parque Milton Marinho, algumas estacas foram fincadas no chão, para servirem de estrutura base para as obras. A intenção é utilizar o que foi feito no parque, fazendo uma mudança do objeto (teleférico) para poder ser viável. O que se pretende ser feito é um parque oriental, mas ainda está no início essa proposta.

Além disso, a Prefeitura aguarda, para o dia 30 de junho, resposta se vai conseguir recuperar verbas que não foram usadas pela gestão anterior para o turismo. A expectativa é recuperar cerca de R$ 2,5 milhões de 2013 e R$ 3,7 milhões referentes ao ano de 2014.
 




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