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Terapia cognitiva é alternativa contra a insônia
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
14/07/2008 | 07:20
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Um sono tranqüilo não é tarefa fácil para quem sofre de insônia. Na luta contra as noites em claro, especialistas já colocam em prática o tratamento da terapia cognitiva.

Há dois meses, a coordenadora do Ambulatório Multidisciplinar do Sono da Faculdade de Medicina do ABC, Rosa Hasan, deu início ao atendimento. "A terapia cognitiva ainda é uma abordagem nova no Brasil. O mais importante é remover algumas atitudes que prejudicam a qualidade de vida e o dormir bem", explica a neurologista.

Um dos pontos-chave da terapia cognitiva é o diário do sono - uma das primeiras ferramentas que o paciente usa no tratamento. Todos os dias ele deve relatar como foi sua noite de sono. Fazer exercícios de relaxamento antes de deitar e manter uma dieta alimentar leve à noite são fundamentais.

Quando relata como foi sua noite de sono no diário, o paciente descreve quantas horas dormiu, se amanheceu o dia descansado ou não e se conseguiu se livrar de pensamentos intrusivos, como contas para pagar e assuntos de trabalho, entre outros.

"Observamos que muitos não percebem que os maus hábitos que praticam são os grandes causadores do distúrbio", diz a psicóloga Patrícia Castro de Albuquerque. "Ao passar das sessões, eles percebem que estão dormindo melhor e deixam até de fumar antes de dormir."

Nervosismo - Todos estão vulneráveis a ter insônia - basta uma noite sem dormir no horário costumeiro para desregular os horários. Mas, em alguns casos, as pessoas indiretamente embutem a insônia em suas vidas.

Rosa conta que são muitos os casos em que o paciente fica tão nervoso sobre se vai dormir ou não que fica acordado à noite. Esse distúrbio normalmente afeta os idosos e as mulheres na fase da menopausa. "As pessoas que ficam permanentemente preocupadas se vão conseguir dormir passam pelo processo de psicofisiologia (insônia aprendida). A terapia cognitiva vem exatamente para desmistificar isso."

Pacientes - A professora aposentada Vergínia Sala do Carmo tem 54 anos e há 15 luta contra a insônia. "Passei muitas noites acordada tomando água, rezando e contando números para tentar dormir. Depois que comecei a fazer a terapia cognitiva passei a dormir melhor. Depois de dez minutos deitada já consigo adormecer", conta.

Com o tratamento, o aposentado Ronaldo Fonseca Araújo, 71, aprendeu que no seu caso o problema era o café. "Depois que deixei o café e adotei uma alimentação saudável durmo melhor."




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